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Seis meses em lua-de-mel. O paraíso na terra leonina.

Cada despertar é a promessa de um dia de sol, indolente, a certeza de viver sabendo que o que está por chegar será ainda melhor.

Campeão nacional em maio, qualificado para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões em novembro.

Haverá ano mais perfeito do que este na memória do universo Sporting? Na frequência da telefonia verde e branco só apetece escutar Gal Costa.

«Lua-de-mel
Mamãe mamãe
Eu tô em lua-de-mel
Eu tô morando
Num pedaço do céu
Como o diabo gosta»

Um grande Sporting a nível interno, um Sporting a querer ser grande também na Europa. Os méritos vão direitinhos para Ruben Amorim, o treinador criador do elixir inibidor de medos, traumas e do irritante complexo de inferioridade que se apoderara da equipa (e do clube) nas últimas décadas.

Os números são extraordinários. Além de ter ajudado a acabar com uma seca agonizante de 19 anos no campeonato nacional, Ruben colocou apenas pela segunda vez na história os leões entre os 16 melhores da Liga dos Campeões - depois de 2008/09, Paulo Bento.

Se nos lembrarmos que o FC Porto já esteve 12 vezes nessa fase da prova, percebemos a incompetência e a pobreza de resultados dos leões na maior prova da Europa.

Até isso Ruben Amorim – e restante staff, naturalmente – está a ser capaz de mudar em Alvalade.

Repito: temos novamente um grande Sporting a nível nacional e voltamos a ter um pequeno vislumbre de um Sporting grande na Europa.

Grande Ruben, um Ruben grande.

PS: nada despiciendo é o jackpot garantido com a passagem à próxima fase na Champions: 45 milhões! Alguém ainda acha excessivos os 12 milhões pagos ao Sp. Braga pelo treinador? 

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