Ainda está por fechar a cortina da época 2018/19, mas o presidente do FC Porto já veio garantir que Sérgio Conceição é para ficar, pelo que, entre os preparativos para a última jornada e para a final da Taça, o técnico já estará mentalizado para o grande desafio com que iniciará a nova temporada: encontrar uma nova espinha dorsal.

Iker Casillas deve pendurar as luvas por causa do enfarte sofrido, Militão está confirmado no Real Madrid e Felipe prepara-se para render Godín no Atlético de Madrid, clube que também parece ser o destino do capitão Héctor Herrera, em final de contrato. Com Alex Telles igualmente muito cobiçado (pelo emblema «colchonero», inclusivamente), pode ficar apenas Pepe para «segurar as pontas».

Conceição não é de se queixar, é verdade, mas qualquer técnico ficaria preocupado com este cenário. Ainda para mais alguém que gosta de construir as equipas de trás para a frente, por assim dizer. A coesão defensiva sempre foi a base deste FC Porto, mais do que não seja pela forma como sustenta a intensidade com que o dragão aborda os jogos, e reencontrar essa solidez será sempre um trabalho tão exigente quanto moroso.

As saídas até podem nem ficar por aqui, mas parece inevitável, desde já, que Sérgio Conceição tenha de encontrar uma nova espinha dorsal para a equipa. E ainda que o cinto esteja menos apertado do que já esteve, a SAD azul e branca terá naturais dificuldades para substituir tantos jogadores influentes ao mesmo tempo.

Mas ainda que esse ataque forte ao mercado seja inevitável, convém também olhar para dentro, e há jogadores como Diogo Leite à espera de uma oportunidade para assumir maior protagonismo.