A baliza da Naval 1º de Maio só conheceu um dono este ano. Chama-se Pedro Taborda, tem 28 anos e ameaça tornar-se numa das grandes referências na posição de guarda-redes em Portugal. É um dos poucos totalistas nas 14 jornadas já realizadas no campeonato e um dos principais responsáveis pela Naval ter a terceira melhor defesa da prova (doze golos sofridos), só batida pelo F.C. Porto (8) e Sporting (9).
No reatamento da Liga, a Naval já vai ter um novo técnico no banco. Depois da saída de Rogério Gonçalves e do fim do «consulado» de Fernando Mira, Mariano Barreto é o homem do leme a quem se exige a continuidade no rumo certo à manutenção¿ ou algo mais. Taborda explica. «Temos que acreditar nas nossas possibilidades e sentir que é possível algo mais. O céu é o limite, como se costuma dizer.»
Não é um assumir concreto da luta pela presença nas competições europeias, antes o aviso de que a Naval ainda pode dar muito a esta Liga. «Temos feito uma boa prova, equilibrada, e a última vitória deu-nos grande alento. Agora, como disse, é tempo de olhar para cima e subir na tabela», revelou o guardião navalista.
A nível individual, Taborda sente que está a fazer «uma boa» época, daí que não esconda o desejo de voltar a representar um clube grande. Recorde-se que o atleta já esteve ligado ao F.C. Porto, mas nunca se conseguiu impor no seio do clube azul e branco. «Obviamente tenho a ambição de crescer enquanto jogador. Não quero ficar por aqui, estou numa idade boa para poder acalentar a esperança de ir para outro clube e espero que isso possa suceder», refere, antes de partilhar mais um sonho: representar a Selecção Nacional.
«Seria lindo poder concretizar essa meta. Trabalho muito, todos os dias, para que tal aconteça. Resta-me evoluir ainda mais e acreditar que é um cenário que se pode tornar real.»