Um golo, um simples remate para dentro de uma baliza, e uma carreira pode nascer. Ou, no caso, renascer. Michael Owen marcou o golo do triunfo do Manchester United frente ao rival Manchester City, já no período de descontos. O inglês garante que após o tento, a sensação foi indescritível.«Foi como se perdesse a consciência por um bocado, por causa da forma como a adrenalina sobe», admitiu ao Times.
«O segredo esteve na recepção. Qualquer pessoa ligada ao futebol elege a recepção como meio caminho andado para marcar. Foi um bom golo, é claro, mas beneficiei do passe e da posição onde me encontrava no momento», afirmou.
Depois de um período negro no Newcastle onde via o futebol «como um trabalho e não como uma paixão», os dias de glória podem estar de regresso. Owen lembrou que ainda não está acabado para o futebol e contou como surgiu a oportunidade no Manchester.
Segundo Owen, Alex Ferguson encarregou o ex-jogador do clube Nicky Butt de se inteirar da condição física e disponibilidade do internacional inglês. No dia seguinte, o telefone tocou. Era Alex Ferguson. «Estamos à procura de um ponta de lança. Vou ser sincero contigo, queríamos o Benzema, mas nesta altura já não é um objectivo e começamos a pensar noutros nomes que garantam golos. Obviamente que a grande dúvida prende-se com a tua forma física, mas se estiveres em condições as coisas podem resolver-se».
Os dois acertaram a contratação no dia seguinte e Owen juntou-se, assim, a Rooney, Scholes e companhia. Herdou a mítica camisola 7 que foi de Cantona, Beckham, George Best ou Cristiano Ronaldo e marcou frente ao Manchester Ciy o seu segundo golo. «Pela adrenalina que me causou, esse golo está entre os três melhores da minha carreira», asseverou o inglês.
Recorde o golo de Michael Owen ao Manchester City (4-3):