A tranquilidade tem destas coisas. É verdade que nem P. Ferreira nem Académica têm a manutenção garantida matematicamente, mas estão lá perto. É coisa de um jogo ou dois, seguramente. Ora provavelmente por isso faltou nervo para fazer melhor. Houve luta, esforço, briga, mas foram todos ingredientes insuficientes para fazer o jogo valer a pena.
Em boa verdade o jogo só animou na segunda parte. Ou antes, nos quinze minutos finais. Apoiado no esforço de Ferreira, o pequeno brasileiro que entrou na segunda parte para mudar por completo a face do futebol da equipa, o P. Ferreira partiu para uma parte final do jogo com uma mão-cheia de ocaisões de golo. Que fizeram sonhar o público.
Criou mais situações de golo, aliás, nesses quinze minutos finais do que no resto do jogo. Para trás tinha ficado um golo madrugador de Pedrinha, logo nos primeiros minutos, ele que mantém o pé quente. E nada mais. Até ao intervalo o Paços não finalizou mais uma única vez. A Académica fez dois remates, mas ambos sem perigo.
Por aqui já se vê como o jogo foi pobre. Da bancada, claro, os adeptos manifestavam-se. Domingos já tinha retirado Berger para lançar Saleiro, trocou Lito por Miguel Pedro ao intervalo e a Académica melhorou. Durante um quarto-de-hora jogou no meio-campo adversário e marcou mesmo, por Orlando, numa bola parada. A especialidade da casa.
O P. Ferreira reagiu quando Ferreira entrou no jogo. O brasileiro estava em todas e sem reservas em procurar a baliza adversária. Com isso empurrou a equipa para a procura da vitória. Não chegou e o Paços adiou a garantia da permanência. Adiou também a festa perante o público pelo apuramento para a final do Jamor. Se bem que no final mereceu aplausos na mesma.