O Paços de Ferreira faz depender a realização imediata de obras no seu estádio da qualificação da equipa de futebol para o play-off da Liga dos Campeões, assegurou à agência Lusa fonte oficial do clube pacense.

O melhoramento das infraestruturas do clube foi definido como prioritário pelos atuais dirigentes pacenses, procurando capitalizar uma época em que foram quebrados todos os recordes e que pode terminar com um impensável terceiro lugar na I Liga, que está à distância de dois pontos.

Caso se confirme o último lugar do pódio, o Paços de Ferreira vai disputar o play-off de acesso à fase de grupos da liga milionária e garante um prémio de participação de 2,1 milhões de euros, pouco menos do que o orçamento anunciado para esta época (2,5 milhões) e sensivelmente o valor estimado pelo clube para a empreitada a realizar no Estádio Capital do Móvel.

«Estamos a trabalhar no projeto da bancada e, se ficarmos no terceiro lugar, o dinheiro que recebermos deve dar para a obra toda. Caso isso não aconteça, temos de ir mais devagar», adiantou a mesma fonte do Paços de Ferreira.

Em causa está a construção de uma nova bancada, obras que só deverão arrancar depois da receção ao FC Porto, ainda no mês de maio, na última e, quiçá, decisiva jornada da I Liga.

Mesmo que o Paços de Ferreira não consiga entrar na milionária fase de grupos da Champions, falhando os 8,6 milhões de euros destinados aos clubes apurados, continuará o seu percurso na Liga Europa, encaixando de imediato mais 1,3 milhões de euros pela presença na fase de grupos, numa competição teoricamente mais acessível para conseguir faturar mais algum dinheiro (cada vitória vale 200.000 euros e o empate 100.000).

No caso de falhar o terceiro lugar para o Sporting de Braga (com menos quatro pontos na classificação, em desvantagem no confronto direto e proibido de perder pontos nas duas últimas jornadas), o trajeto europeu do Paços de Ferreira inicia-se no play-off da Liga Europa, antecâmara da fase de grupos da segunda mais importante prova europeia de clubes.

A sustentabilidade financeira da equipa profissional de futebol do Paços de Ferreira deverá passar pelo reforço das verbas de bilheteira e de publicidade, a juntar aos valores (já definidos) decorrentes dos direitos de transmissão televisiva, mas a maior fatia resultará da inevitável venda de ativos.

Os futebolistas André Leão, Vítor, Josué, Hurtado, Cícero e Antunes, emprestado em janeiro ao Málaga, de Espanha, são alguns dos jogadores com contrato mais cobiçados, podendo render alguns milhões de euros, sem contar com o apetecível técnico Paulo Fonseca, cuja cláusula de rescisão está fixada em dois milhões de euros.