Manuel Sousa, do P. Ferreira, e Francisco Fernandes, do Aljustrelense, estavam satisfeitos com o que viram em campo, embora por motivos diferentes. O Paços cumpriu o objectivo e passou a eliminatória. O Aljustrelense deixou boa imagem.
Manuel Sousa, treinador do Paços de Ferreira:
«É verdade que o Aljustrelense ainda assustou, porque este é um daqueles jogos em que se não marcamos cedo complicamos a tarefa. Acho que na primeira parte estivemos um pouco passivos e estáticos. Na segunda parte já conseguimos melhorar. Mas, de qualquer forma, estou contente com a vitória e pelo empenho que os jogadores mostraram no jogo e também nestes quatro dias em que estive à frente da equipa».
[Sobre a substituição de Ciel, ao intervalo]: «Achei que o Ciel não estava a participar tanto na transição ofensiva, como eu queria. O Coelho trouxe outra dinâmica e o Mário Rondon também entrou muito bem. Com as alterações efectuadas acho que a equipa criou mais dinâmica, alegria e criou mais situações de golo».
Francisco Fernandes, treinador do Aljustrelense:
«Em primeiro lugar quero mostrar aqui o meu orgulho em ser treinador desta equipa. Somos amadores e só tenho de estar orgulhoso do que a minha equipa conseguiu fazer frente a uma excelente equipa que ainda no ano passado foi finalista da Taça. Dignificamos a camisola, demos uma imagem positiva. Enervamos o Paços e a nossa intenção era, mesmo, essa».
«O momento decisivo do jogo, foi a nossa substituição forçada. O Paços aproveitou bem na nossa tremedeira nessa fase. Se não sofremos os segundo golo nessa altura, podia ter sido diferente. Mas vamos com a sensação de dever cumprido e estou super satisfeito».
[Sobre o actual formato da Taça de Portugal]: «Não concordo. Para mim, na Taça de Portugal, pelo menos o primeiro jogo deveria ser sempre em casa da equipa menos cotada. Se o Paços de Ferreira tivesse ido a Aljustrel tínhamos casa cheia e era um merecido dia de festa para as nossas gentes».
[Sobre as dificuldades em treinar uma equipa amadora]: «Somos todos amadores. Dou-lhe um exemplo. Há semanas em que não vejo o Nelson Raposo. Ele trabalha nas minas e passa dias sem treinar. Mas assim se vê o nosso querer. Acho que os meus jogadores deram hoje um exemplo que querer, sacrifício, honestidade».