O último recebia o penúltimo e, no final, trocaram de lugares.

É literalmente assim que se resume a história de Paços-Olhanense, um duelo de aflitos, que se encontraram numa noite fria de meio de semana.

Os pacenses mereceram os três pontos, essencialmente pelo que fizeram na primeira parte. Del Valle e Bebé, os autores dos golos da equipa da casa, até teriam justificado marcar mais cedo do que aos 43, 45+1 e 90+5, depois de uma primeira parte de claro sentido ofensivo pacense.

Mas o Olhanense teve o mérito de não ter baixado os braços, mesmo depois dos dois golos sofridos nos minutos finais do primeiro tempo.

Galderisi terá dado injeção motivacional aos jogadores durante o descanso. A formação algarvia ressurgiu mais confiante, mais impositiva, aproveitando o recuo estratégico da formação da casa.

Quando Regula assinou o 2-1, a redução da diferença já se adivinhava. E justificava.

O Paços mostrava cada vez mais sinais de inquietação. A ansiedade de vencer era muito, o medo falava mais forte. O recuo territorial quase que convidava os algarvios a sonhar com o empate.

O Olhanense terminou o jogo em 4x2x4, mas o Paços foi conseguindo reduzir o ímpeto ofensivo algarvio e fez gestão inteligente da magra diferença até ao fim; que conseguiu ampliar no cair do pano como que a sentenciar a entrega da «lanterna vermelha».