Tudo na mesma. O Vitória «recusa-se» a entrar na luta europeia, mesmo depois de saber do resultado do Marítimo. Roberto voltou a marcar, os adeptos foram incansáveis, Nilson fez quase tudo para dar maior esperança ao povo de Guimarães. Só que um pontapé de Cristiano ditou uma sentença justa, para uma partida bem disputada, com domínio repartido. Um ponto para cada lado, que não adianta o Vitória na classificação, nem atrasa o Paços na fuga à II Liga.
Era feriado, menos para quem pisou o relvado. Aliás, já se escreveu várias vezes que no estádio pacense é preciso vestir fato-de-macaco para bater a equipa da casa, já habituada à luta que é jogar na Mata Real. Por isso, não foi de estranhar que a equipa de Paulo Sérgio tenha entrado melhor no encontro.
O P. Ferreira iniciou o jogo com quase tudo. Vencia os duelos a meio-campo e ganhava nas alas. Mas foi de bola parada que criou o primeiro lance de perigo. Danielson cabeceou para defesa espectacular de Nilson, após livre de Ferreira. Ainda não se saboa, mas o guarda-redes ia brilhar logo a seguir, a remates do mesmo Ferreira e de Rui Miguel. Pelo guardião brasileiro, os pacenses não iriam abanar as redes.
Passado o susto inicial, o Vitória começou a equilibrar a partida. Conseguia chegar à frente, tal como o Paços, e também assustou o guardião contrário. Roberto anda com veia goleadora e um remate de Fajardo bateu-lhe nas costas e parou na trave da equipa da casa. Até ao intervalo, remates de um lado e de outro, mas sempre com a pontaria desafinada.
O golo, a tranquilidade e a justiça
O Vitória sabia do empate do Marítimo em Braga, sabia que podia chegar mais perto do sexto lugar que, não sendo dado adquirido, permite ir às provas da UEFA. Assim, os visitantes entraram melhor no tempo complementar. Entraram, sobretudo, melhor que o Paços fizera na primeira parte, ao conseguirem desbloquear o marcador. Roberto, pela terceira vez consecutiva, foi o autor do golo, que premiava, também, a boa exibição de Nuno Assis.
Os vimaranenses serenaram, Flávio Meireles tinha mais ajudas na defesa do meio-campo e o Vitória sustinha a reacção pacense. Paulo Sérgio era obrigado a mexer. O técnico lançou Carlos Carneiro, mas seria o habitual Cristiano a fazer o empate, depois de Cássio negar o 2-0 a Nuno Assis. Num livre, o esquerdino bateu o até então, e também depois, intransponível Nilson.. Conferiu justiça ao encontro e amealhou mais um ponto na fuga à despromoção.
Já o Vitória ficou com a Europa em stand-by. O Marítimo e o sexto lugar estiveram a três pontos de distância, mas acabam por ficar a cinco. E ainda falta o Leixões jogar.