P.S. (Para Seguir) é um espaço assinado pelo jornalista Nuno Travassos, que pretende destacar jogadores até aos 21 anos. 

Depois de Gian-Luca, o gémeo Itter que já está na equipa principal do Wolfsburgo, o destaque agora vai para o terceiro dos irmãos McEachran na formação do Chelsea: George.

Josh, o mais velho (24 anos), ainda fez duas dezenas de jogos pela equipa principal dos «blues», mas após cinco empréstimos (Swansea, Middlesbrough, Watford, Wigan e Vitesse) saiu em definitivo para o Brentford, do Championship.

Zac, dois anos mais novo, também passou pela formação do Chelsea, mas foi dispensado com 14 anos, e atualmente representa o Oxford City, do sexto escalão.

George, de 17 anos, é o terceiro irmão McEachran a passar pelos corredores do centro de treinos de Cobham, e mostra potencial para superar o legado. Em 2017 foi campeão inglês de sub-18, venceu a FA Youth Cup, foi finalista do Europeu de sub-17 e, por fim, campeão mundial dessa categoria.

É um médio com uma capacidade de passe tremenda, daqueles que incontornavelmente se tornam o eixo de uma equipa, o que por vezes até cria uma dependência excessiva.

Depois de ter sido ala e segundo avançado, George joga agora como «8» ou «10». Um médio que está constantemente a pedir a bola, que gosta de assumir a construção, e que depois revela uma capacidade anormal para «queimar linhas». A facilidade com que «fura», através do passe, permite que a equipa esteja constantemente a criar desequilíbrios dentro do bloco defensivo contrário.

E para além desta verticalidade que incute, McEachran é igualmente exímio a variar o centro do jogo através de passes longo. Por vezes cai em exagero nesta solução, quando está mais difícil avançar no terreno, mas isso é um reflexo da tal capacidade de passe.

George combina o tradicional perfil inglês «box to box» com uma visão mais moderna e estratégica do jogo. Uma mistura que seria interessante ter Pep Guardiola a trabalhar.