O Benfica vive pela primeira vez desde 2008 sem Pablo Aimar. O argentino acompanha ao longe os ex-colegas. Elogia Nico Gaitán, fala sobre o novo número 10 da Luz e também sobre dois reforços argentinos das águias. Aimar não tem pressa de definir o futuro, mas não rejeita por completo a ideia de vir a ser um dia treinador. Principalmente se nessa hipótese juntar o nome do Benfica. Tudo para ler nesta entrevista exclusiva ao Maisfutebol.


Tem visto os jogos do novo Benfica?

«Sim, aqui na Argentina já passam muitos jogos da liga portuguesa. A lógica no Benfica continua a ser a mesma: a obrigatoriedade de ganhar sempre. Isso é inegociável e parece-me perfeito. Esta nova equipa pode e vai melhorar».


O número dez passou para Djuricic. É ele o seu sucessor perfeito ou preferia ver outro jogador nessa posição?

«No último ano já joguei poucas vezes e senti que havia muitas opções com capacidade e talento para serem o número dez da equipa, dentro de campo. Eu gosto muito do Nico [Gaitán] e espero que ele jogue como na época passada. É um futebolista fantástico e pode jogar no centro ou nas alas. Djuricic conheço mal. É um projeto de bom jogador».


O Benfica contratou Lisandro Lopez [entretanto, cedido ao Getafe] e Funes Mori, dois jovens argentinos. O que nos pode dizer sobre eles? Têm dimensão para jogar no Benfica?

«O Lisandro é um defesa muito técnico, sabe sair a jogar com a bola nos pés. Uma equipa grande precisa de defesas assim. O Funes Mori é um avançado forte e de boa técnica. O Benfica vai fazer-lhe bem. Tem de melhorar em alguns aspetos e o Jorge Jesus é o treinador certo para ensiná-lo».


Há mais alguma pérola escondida na liga argentina?

«Certamente que sim, mas não tenho vistos muito jogos e não consigo recomendar nenhum por agora. Ligue-me novamente daqui a umas semanas (risos)».


Vamos ver o Pablo Aimar brevemente a trabalhar em Portugal?

«Ainda não sei. Adoro jogar futebol, mas só quando me sinto bem. Não gosto só de fazer passes para os lados (risos). Bem, o próximo passo é escolher bem um clube e depois, quem sabe, regressar a Portugal para fazer outra coisa. Treinar um dia o Benfica seria muito bonito».

Tem alguma mensagem para os adeptos do Benfica?

«Muito obrigado por me terem feito sentir em casa, mesmo a milhares de quilómetros da Argentina. Obrigado aos adeptos, ao presidente e ao Rui Costa por tudo».