Pedro Pacheco nasceu nos Açores, há quase 26 anos, mas prepara-se para se tornar internacional canadiano. A estreia deve acontecer nesta segunda-feira, e logo frente à Argentina, de Messi e Di María, entre outros. «Não podia ser melhor», disse ao Maisfutebol o médio que representou o Nacional na última época.

A convocatória surgiu a duas semanas do final da Liga, e é «responsabilidade» da mãe. «Os meus pais viveram alguns anos no Canadá, e a minha irmã mais velha até nasceu lá. A minha mãe decidiu fazer passaporte canadiano aos três filhos», conta o médio.

Pacheco nasceu nos Açores, mas nunca esqueceu a ligação canadiana, e até já tinha pensado na hipótese de representar aquela selecção. «Quando era miúdo, falava disso aos meus familiares e amigos, mas era na brincadeira», afirma ao nosso jornal. «Fiquei um pouco surpreendido, mas agora vou tentar agarrar esta oportunidade com as duas mãos», acrescenta.

O melhor do mundo e o melhor da Liga portuguesa

Embora apresente uma selecção modesta, o Canadá foi convidado para um jogo particular que serve não só de preparação para o Mundial 2010, mas que também comemora o bicentenário da independência argentina. O palco é o Estádio Monumental, de Buenos Aires, casa do River Plate. «Sinto-me um pouco ansioso, pois vou defrontar uma potência mundial, mas ao mesmo tempo sinto-me também orgulhoso», disse Pacheco.

Do outro lado do campo vão estar grandes figuras do futebol mundial, incluindo Lionel Messi. «Foi considerado o melhor jogador do mundo e isso acrescenta motivação à nossa equipa. Sabemos as dificuldades que nos esperam. O mais importante é fazer uma boa prestação colectiva», afirma Pacheco.

O médio açoriano mostra-se cauteloso, pois até pode não ser utilizado, mas acredita que pode somar a primeira internacionalização frente à Argentina. Se tal acontecer, vai tentar trocar a camisola com o benfiquista Di María. «Foi o melhor jogador da Liga», defende.

A primeira presença na selecção canadiana surge numa altura em que o futuro de Pedro Pacheco está em aberto, uma vez que o médio rescindiu com o Nacional. «Por enquanto ainda não há nada em concreto. Depende de muita coisa. Gostava de continuar a jogar em equipas do nível do Nacional, mas ainda é muito cedo», disse o jogador ao nosso jornal, ao telefone de Buenos Aires.