Por Arnaldo Cafofo

Jorge Simão, treinador do Paços de Ferreira, comentando a vitória da sua equipa no terreno do União:

«Realmente há uma diferença abismal entre aquilo que foi a nossa primeira parte e a segunda. Há uma palavra só que está na minha cabeça neste momento que é: obrigado. Obrigado. Obrigado a estes jogadores por proporcionarem este espetáculo, que acaba por ser sublime, num jogo épico. É daqueles jogos que ficarão na memória e que eu jamais me esquecerei do desenrolar deste desafio. Não é muito comum assistir a um jogo com a sequência de acontecimentos como a deste. Esta reviravolta épica ficará com certeza marcada nas nossas memórias. Acho que mais ninguém, a não ser aqueles jogadores que estavam no balneário ao intervalo, acreditaria, naquele momento, que fosse possível acontecer o que se viu na segunda parte. Se haveria que dar provas de que o futebol é um jogo onde a componente mental é um fator mais decisivo, isso ficou hoje provado. Quando uma equipa acredita é difícil de parar.»

Acerca da influência das substituições:

«É óbvio que os jogadores que entram entram com o intuito de ajudar. Sempre foi assim. Acho que não terá sido por aí. Aqueles momentos que vivemos ao intervalo foram decisivos para que todos eles se soltassem, todos eles se desinibissem, todos eles acreditassem que era possível fazer o que acabou por acontecer.

O que foi dito ao intervalo?

«Se me é permitido prefiro não dizer. São coisas nossas. Não há segredos, não há fórmulas mágicas. Não há nenhuma varinha mágica que mude as coisas do dia para a noite.»