Andrezinho está a ser a grande revelação do Paços de Ferreira. O jovem médio, de vinte anos, considera que a titularidade no onze de Jorge Simão «não é surpresa», mas sim resultado de uma aposta convicta do jogador na presente temporada.
 
«Tinha de ser este ano, porque, quanto mais rápido me afirmar, melhor poderá ser o meu futuro, e acreditei que, se trabalhasse bem, teria mais possibilidades», destacou Andrezinho em declarações à agência Lusa, sem esconder a «satisfação» por o técnico não recear apostar em jovens, à semelhança do seu antecessor, Paulo Fonseca, que apadrinhou a sua estreia no onze dos Castores.
 
Para Andrezinho, «teve muita importância jogar a titular os últimos e decisivos cinco encontros da época passada», lembrando que os mesmos «eram decisivos na luta por uma qualificação europeia», e ter jogado, acrescentou, deu-lhe «muita confiança e motivação para encarar esta temporada».
 
«No ano passado, em 4-4-2, era ala esquerdo, agora jogo a 10 e penso que consigo fazer o meu trabalho, porque penso muito coletivamente, apesar de passar muito tempo sem bola», afirmou o médio, titular em todos os jogos da Liga, nem sempre a tempo inteiro, e preponderante para os equilíbrios do atual sexto classificado do campeonato.
 
Ler depressa o jogo e perceber rápido a forma de jogar do adversário são outras das funções em campo deste médio, um dos três jogadores formados no Paços de Ferreira a atuar hoje na equipa principal. Os outros são Diogo Jota e Barnes Osei, aos quais se juntam ainda no plantel principal o guarda-redes Marco e o defesa Sousa.
 
«Somos vários da formação no plantel, três deles estão a jogar, e é um orgulho e uma responsabilidade podermos ser um exemplo para os jovens do Paços de Ferreira», defendeu.
 
A prestação da equipa facilita o desempenho pessoal e aproxima-o do «sonho de ser internacional (sub-21)», apesar de reconhecer que «esta geração atual é muito boa» e «isso aumenta as dificuldades».
 
«Tenho de continuar a trabalhar e por agora estou focado no V. Guimarães. Não penso que vamos encontrar um adversário fragilizado, mas uma equipa com muito querer, que nos vai obrigar a uma enorme atitude e a ser nós próprios, se quisermos vencer o que penso ser um bom jogo», referiu ainda.