Jorge Simão defende que o Paços de Ferreira tem de ser «muito rigoroso» nos seus comportamentos frente ao FC Porto, este sábado (18h00), procurando «repetir as coisas muito boas» já exibidas esta época na Liga.

Na antevisão ao jogo da oitava jornada, no Dragão, o técnico pacense passou deliberadamente ao lado do momento atual do FC Porto, goleado em casa pelo Liverpool (1-5), para a Liga dos Campeões, afirmando que só o jogo vai mostrar os comportamentos das duas equipas.

«Uma derrota fere qualquer equipa, mas não consigo prever se isso os vai fazer ter uma abordagem diferente ou se isso os vai afetar. É preciso deixar correr o jogo para perceber qual o efeito. Para nós, fundamental é perceber o nosso momento e em que podemos melhorar como equipa», disse Jorge Simão.

O técnico pacense olhou para o Paços e reconheceu alguns momentos menos assertivos nas segundas partes, mais por descontrolo emocional, referindo-se concretamente ao empate caseiro diante do Belenenses (2-2), considerando ser necessário «muito rigor», acima de tudo.

«Temos de ser obviamente extremamente rigorosos nos nossos comportamentos defensivos e ofensivos em todas as fases do jogo. Gostava que conseguíssemos ter os nossos momentos de superioridade, que pudéssemos jogar e ter a bola, sabendo que não será possível fazer em todo o tempo, porque as forças são diferentes e seria ousado não perceber isso», sublinhou.

Jorge Simão insistiu nesta ideia, revelando a ambição de conseguir o impossível, que é fazer um jogo dominador os 90 minutos. «Tenho a ambição de fazer um jogo dominador os 90 minutos. Sei que é impossível, mas temos de ter vontade de o conseguir fazer. Sendo o adversário de nível superior, como é o caso de amanhã [sábado], não o vamos poder fazer, mas, nos momentos em que teremos bola, em muitos momentos do jogo, queremos ter a possibilidade de repetir as coisas muito boas que já fizemos», precisou.

O técnico pacense congratulou-se, por outro lado, com o regresso de Stephen Eustáquio, após castigo, sem deixar de reconhecer que Rui Pires, que o substituiu, «valorizou-se e ganhou créditos dentro da equipa», e afirmou que a ausência mais uma vez de defesas-direitos de raiz (Jorge Silva e Fernando Fonseca continuam lesionados), obrigando à previsível de adaptação de Uilton, não o intranquiliza.

Jordi, João Vigário e Diaby completam a lista de ausências forçadas na formação pacense.