Figura: Éber Bessa

Num jogo que termina com uma vitória pela margem mínima e que foi parco em claras oportunidades de golo, é sempre difícil não eleger o responsável pela mexida no marcador como a figura da partida. Mas nestes caso e escolha não suscita muitas dúvidas. O médio ofensivo brasileiro anotou o único tento da partida, pouco tempo depois do reatamento e produziu dois lances de belo recorte técnico que poderiam muito bem ter feito acionar o marcador mais cedo. Foi o expoente máximo da entrada decidida do Marítimo na segunda parte, ao que tudo indica idealizada por Daniel Ramos para vencer o jogo.

Momento: canela desfaz nulo ameaçador.

Após uma primeira parte algo morna e com uma única oportunidade clara de golo, era legítimo perspetivar um segundo tempo igualmente sonolento caso o marcador não viesse a ser acionado. Éber Bessa encarregou-se de impedir que isso acontecesse, aos 57 minutos, e levou a partida para um patamar competitivo intenso até aos ao apito final. Resta acrescentar que o jogador contou com alguma felicidade, já que a bola foi rematada já em queda e com a canela...

OUTROS DESTAQUES:

Pedrinho

O médio pacense correu tanto como construiu em termos ofensivos, ou seja, muito. Mas, tal como os colegas da frente, faltou a  definição certa e rápida nos lances que poderiam ter culminado em golos, nomeadamente na segunda parte, que começou praticamente com o golo do Marítimo. A defesa madeirense soube sofrer mas também defender muito bem.

Filipe Ferreira

O lateral revelou-se muito forte nas disputas de bola na sua zona de intervenção, onde encontrou o sempre aguerrido Edgar Costa e a quem não concedeu muito espaço. Procurou ainda ajudar o ataque, criando desequilíbrios, mas a defesa madeirense conseguiu resolver.

Zainadine

O central moçambicano voltou a mostrar porque é apontado com um dos indiscutíveis no onze base de Daniel Ramos para esta temporada. Soube quase sempre estar no sítio e hora certas, ora aliviando o perigo para longe da baliza de Charles, ora recuperando o esférico para iniciar alguns dos lances de contragolpe a que o Marítimo se remeteu no segundo tempo, sobretudo depois de chegar à vantagem no marcador.

Rodrigo Pinho

O ponta de lança brasileiro lutou muito e muitas vezes sem apoio por parte dos colegas. Mas quando a equipa trabalhou bem para lhe providenciar oportunidades para marcar, Pinho revelou-se algo desastrado. Acabou por ser substituído pouco tempo depois do golo, cedendo o lugar a Everton, que assim se estreou na Liga.