O Paços de Ferreira emitiu um comunicado esta segunda-feira a condenar os insultos racistas dirigidos a Douglas Tanque no encontro de domingo com o Vizela, da 6.ª jornada da I Liga.
«Racismo não tem lugar no futebol. O FC Paços de Ferreira condena veementemente o comportamento ocorrido ontem no Estádio do FC Vizela contra o nosso atleta Douglas Tanque, reforçando que este tipo de atitudes não pode ter lugar no desporto nem em qualquer outro contexto», diz a nota pacense, frisando:
«Importa ainda acrescentar que reconhecemos que este foi um ato perpetrado por uma única pessoa e que em nada representa o FC Vizela e os seus adeptos - tendo o clube sido irrepreensível na forma como fomos recebidos.»
Importa ainda acrescentar que reconhecemos que este foi um ato perpetrado por uma única pessoa e que em nada representa o FC Vizela e os seus adeptos - tendo o clube sido irrepreensível na forma como fomos recebidos.#RacismoNÃO
— FC Paços de Ferreira (@fcpf) September 20, 2021
Ao Maisfutebol, fonte do clube explicou que «um grupo de adeptos que estava numa bancada junto ao túnel, atrás do banco, passou o jogo todo a insultar os jogadores e o treinador. Quando o Tanque se preparava para entrar [aos 80 minutos], começaram a chamar: 'macaco, macaco'».
«O Tanque ficou alterado, disse-nos qual era o adepto e nós comunicamos à GNR, que depois o identificou e retirou da bancada», adiantou a mesma fonte, explicando que, mesmo no final do encontro, o jogador «continuava nervoso» por causa dos insultos.
Por sua vez, fonte da SAD do Vizela, contactada pelo Maisfutebol, esclareceu que «não tolera e condena veementemente qualquer comportamento racista ou xenófobo de forma geral», mas neste caso em particular, «desconhecendo o clube se o teor da acusação do jogador do Paços de Ferreira corresponde ao que aconteceu ,os factos dizem que um adepto foi identificado a pedido do mesmo». Nesse sentido, o clube vai «aguardar que o processo corra os seus trâmites», sublinhando que «não tolerará qualquer manifestação racista».
O adepto do Vizela, que se encontrava atrás do banco do Paços de Ferreira, foi identificado pela GNR durante o encontro a pedido de Douglas Tanque e de outros elementos dos castores. O adepto foi identificado pelas autoridades, que não se aperceberam dos alegados insultos racistas, e pôde assistir ao resto do encontro no seu lugar.
[artigo atualizado às 16h38]
