Pepa, treinador do Paços de Ferreira, elogiou o trabalho de Sérgio Conceição desde que chegou ao FC Porto, adversário do próximo encontro, esta sexta-feira.

«Sabemos o que vamos encontrar, independentemente das escolhas do Sérgio [Conceição], que não me canso de dizer que tem feito um trabalho extraordinário. Estamos a falar de uma equipa muito forte e muito bem orientada. Às vezes não se valoriza, mas a verdade é que o Sérgio tem feito um trabalho, não é só bom, extraordinário no FC Porto. As alterações [no FC Porto] são normais e resultam da gestão que tem de ser feita. Quem nos dera também poder jogar de dois em dois dias», disse na conferência de imprensa de antevisão do encontro entre castores e dragões.

Pepa disse que está satisfeito com a equipa, mas pede «mais critério no último terço».

«Temos 'pouco golo' para tanto volume ofensivo e teremos de ter muito cuidado na fase de construção, porque o FC Porto identifica bem as referências de pressão. Depois, é desfrutar do jogo, levá-lo para a dimensão que pretendemos e manter o equilíbrio emocional, porque isso dá-nos equilíbrio tático e melhores decisões», vincou.

O técnico pacense elencou ainda os pilares da equipa azul e branca. «O Pepe é um líder por natureza e tem um nível de rendimento a roçar a excelência, o Sérgio Oliveira acrescenta muito em qualquer equipa nos lances de bola parada e é o cérebro, o Otávio desequilibra por dentro e por fora e o Marega é exímio a procurar os espaços», reconheceu.

De regresso ao banco de suplentes e às conferências de imprensa, após recuperar de infeção pelo novo coronavírus, Pepa reconheceu hoje ter sido «muito difícil» ter ficado afastado da equipa durante duas semanas.

«Muita saudade, custou muito estar de fora, porque gosto muito do que faço, mas é o que é. Sinal de confiança no grupo de trabalho e equipa técnica fantástica, os jogadores foram inexcedíveis no trabalho e profissionalismo, mostraram uma alma tremenda, como se impunha, e fiquei satisfeito.»

O técnico admitiu que os casos de pandemia no concelho e na região do Vale do Sousa, dos mais elevados no país, «não afetaram o trabalho e a logística» da equipa, mas acabaram por «mexer».

«Isto mexe sempre. Esta zona do Vale do Sousa tem sido muito afetada, há menos gente na rua, e sentimos a dor das muitas pessoas que têm sido afetadas», sublinhou.

Pepa pediu também coragem para os tempos difíceis que se avizinham, mantendo fé num final feliz: «Vamos passar um inverno duro, é preciso dizer, mas temos de ser corajosos, responsáveis e pensar que, juntos, vamos ultrapassar isto», concluiu.