Paixão «gelado» na Escócia: «Nunca tinha jogado nestas condições»

Marco Paixão, um dos gémeos portugueses que joga no Hamilton, na liga escocesa, culpa o mau tempo e a constante queda de neve pela fraca produção da equipa ao nível do golo. Nas primeira quinze jornadas, a equipa liderada por Billy Reid marcou apenas onze golos e caiu para o fundo da classificação, com os mesmos dez pontos do que o Aberdeen.

Neste período, o avançado português marcou apenas um golo, a 18 de Setembro, no empate com o Hibernian (1-1). «A ausência de golos não é uma boa estatística e está a fazer mossa na nossa equipa. As condições meteorológicas têm sido um verdadeiro problema», começou por destacar Marco Paixão numa entrevista ao «Evening Times».

Pior do que os jogos estarem a ser adiados por falta de condições, é o facto da equipa não ter relva para treinar. «Fizemos apenas dois jogos no último mês, mas não é apenas o facto de não podermos jogar que nos impede de melhorarmos a esse nível. Os próprios treinos têm sido limitados. Temos treinado apenas no pavilhão e com relva artificial e quando chegamos à relva precisamos de, pelo menos, trinta minutos para nos adaptarmos», destacou.

Marco Paixão não está mesmo habituado a condições tão exigentes. «Estamos tão frios que demoramos muito mais a aquecer e acho que não é justo, tanto para os jogadores como para os adeptos, que os jogos se realizem nestas condições. Os jogadores estão tão frios que não há forma de relaxarem o suficiente para poderem jogar ao melhor nível. Isso quer dizer que os adeptos não estão a pagar para ver o melhor de nós», acrescentou.

O jogador português falou antes do adiamento do jogo com o Hibernian, mais uma vez devido à intensa queda de neve. «Obviamente, por ser português, nunca tinha jogado nestas condições e este Inverno está a ser pior do que último. Se vai ser sempre assim na Escócia, penso que só se devia jogar no Verão ou então fazer uma pausa no Inverno», acrescentou ainda.

Apesar de tudo, Marco Paixão está determinado em ajudar o clube a sair da difícil situação. «Os jogadores estão conscientes da importância que é para o Hamilton ficar na liga principal e a melhor forma de conseguirmos isso é estarmos juntos. Sabemos que podemos fazer melhor do que já fizemos. No último ano melhorámos depois do Natal, por isso não temos de entrar em pânico», comentou.