Serse Cosmi esteve pouco mais de um mês no banco do Palermo, mas pelos vistos tinha o apoio do elemento mais influente do plantel. Fabrizio Miccoli, capitão de equipa, estava disposto a sacrificar a sua presença no «onze» para que o técnico mantivesse o emprego.

«No domingo de manhã o presidente Zamparini perguntou-me pelo treino. Disse-lhe que o Pastore ia ficar de fora e que jogava o Miccoli. Ele ficou zangado com a exclusão do Pastore, e ainda mais com a presença do Fabriozo. Foi uma discussão violenta», começou por contar Cosmi, em entrevista à «Gazzetta dello Sport». «Antes do jogo o Miccoli veio falar comigo: Mister, pense em você. Deixe-me de fora. Eu sei tudo. O Fabrizio é um amigo. Falou-me com os olhos a brilhar, chocado», contou o técnico.

Perante toda aquela situação, Cosmi tomou uma decisão radical: deixou Pastore e o ex-benfiquista no banco. «Já estava na ficha de jogo, mas a equipa sabia de tudo. Como podia entrar em campo em paz», justificou.

O Palermo acabou por ser goleado pelo Catania (4-0), e Serse Cosmi foi mesmo demitido. O sucessor é Delio Rossi, que era também o antecessor.