A FIGURA: Cláudio Ramos

Martín Anselmi havia garantido na véspera ter total confiança no substituto de Diogo Costa. E a verdade é que Cláudio Ramos esteve à altura. Começou por negar o golo na Estêvão numa transição rápida do Palmeiras e em cima do intervalo fechou a baliza de forma impressionante com duas defesas. Na segunda parte brilhou em mais um dos momentos da noite, este em resposta a uma tentativa do recém-entrado Allan. Não foram muitas defesas, mas foram de elevadíssimo grau de dificuldade e nos momentos em que o FC Porto atravessava sérias dificuldades no jogo.

O MOMENTO: Cláudio Ramos agiganta-se e Moura dá uma ajuda. MINUTO 45+2

Estêvão, Maurício e Ríos. Foram escassos segundos de um autêntico assalto à baliza portista. Cláudio Ramos negou a primeira tentativa do prodígio canarinho com um mergulhou a tirar a bola quase em cima da linha de golo foi ainda buscar a recarga de Maurício. À terceira foi Francisco Moura a cortar num momento que permitiu aos portistas segurarem o nulo ao intervalo.

OUTROS DESTAQUES

Weverton: elegemos Cláudio Ramos para homem do jogo, mas o experiente guarda-redes do Palmeiras não lhe ficou atrás. Logo no início do jogo, negou o golo a João Mário, depois esticou-se para impedir uma traição de Felipe Anderson e mostrou habilidade a lidar com uma bola rasante de Samu. A abrir a segunda parte brilhou com uma grande defesa a um remate de Fábio Vieira.

Richard Ríos: ameaçou o golo a fechar a primeira parte, fez um passe soberbo que lançou uma transição rápida perigosíssima e destacou-se pela forma como encheu o meio-campo do Palmeiras e mostrou clarividência com a bola nos pés. Um internacional colombiano de grande qualidade.

Marcano: uma das melhores unidades do FC Porto na noite. Esteve bem acompanhado por Zé Pedro e por Martim Fernandes na linha mais recuada, mas o veterano espanhol foi praticamente insuperável, com uma autoridade nos duelos e sentido posicional irrepreensível que lhe permitiu livrar a equipa de vários apuros. Além disso, ainda teve um cabeceamento perigoso na primeira parte.

Rodrigo Mora: não tardou em mostrar como tão bem sabe tratar da bola. Fez a cabeça em água aos adversários e ficou a centímetros do golo numa ação individual na primeira parte. Escorregou muitas vezes na primeira parte e na segunda foi muito massacrado pelos adversários. Saiu em défice físico, numa altura em que o FC Porto já estava mais longe do que nunca da baliza do Palmeiras.