Sete jogos depois, o Palmeiras voltou aos triunfos. A equipa de Abel Ferreira bateu o Internacional, por 1-0, e falou sobre o segredo para voltar a vencer.

«Não sou o melhor treinador do mundo, mas tenho o sonho de o ser um dia. Não faço milagres, não tenho uma varinha mágica, mas temos jogadores fazem a diferença. Quando estamos todos juntos, somos muito mais fortes. Vou dar o exemplo de um grande treinador que é o Klopp, que está há cinco anos, ou seis ou sete no Liverpool. Há dois anos ganhou tudo e perdeu dois defesas: o Van Dijk e o outro defesa que jogava com ele [Gomez]. Nesse ano apurou-se para a Liga dos Campeões no último jogo. Não sou eu que digo, é o que os melhores dizem: os bons jogadores fazem a diferença», disse o técnico em conferência de imprensa.

«Quando é preciso agarrar a equipa, foram os mais experientes: Weverton, Felipe Melo, Gomes, Luiz Adriano, Rocha, Willian... Quando as coisas apertam, os miúdos de sub-20 têm mais dificuldade. Têm de começar a aprender e ter a responsabilidade do que é jogar no Palmeiras. Eles ainda não tinham jogado com público. É mais difícil. É bom que, quer os mais jovens, quer os mais velhos, aprendam, que sejam humildes todos», afirmou ainda Abel, criticando o facto de o Brasileirão continuar mesmo quando há jogos de seleções.

«Quando tens jogadores internacionais, num Brasileirão ficas sem eles 18 a 20 jogos, metade do campeonato não podes contar com os internacionais. Leva-me a pensar se no futuro vale a pena ter uma equipa com internacionais para lutar pelo Brasileirão porque fico sem os melhores jogadores nas janelas internacionais», disse.

Questionado sobre as alterações que fez à equipa, numa altura em que tem um ano de Palmeiras, Abel Ferreira respondeu: «Para mim, o futebol é vida. Eu estou junto com a minha mulher há mais de 20 anos e ela também pode responder essa pergunta.»

«Tem a ver com criatividade, inovação, não fazer sempre a mesma coisa. Esse sou eu, essa é a minha equipa, às vezes ganha, às vezes perde, às vezes dizem que o treinador não percebe nada, outras que é mágico, mas não sou. Não gosto sempre de fazer a mesma coisa. Hoje fizemos uma saída diferente com o Felipe Melo, a recuar no meio dos dois centrais. Andámos a treinar em jogo porque queremos melhorar», acrescentou.