Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, em declarações aos jornalistas após o jogo com o FC Porto no arranque do Mundial de Clubes (0-0):

[Qual é o sentimento que prevalece? Orgulho pelo comportamento da equipa ou lamentação pelo resultado, até porque na segunda parte o Palmeiras foi superior também no aspeto físico?]

«Um sentimento de orgulho, porque vamos jogar da forma como sabemos. (…) Já disse várias vezes: não somos excecionais num ponto do jogo, mas somos equilibrados em todos e vamos jogar da mesma forma contra o FC Porto ou contra outra equipa qualquer. Mas o sentimento é este: de frustração pelo resultado, mas o futebol é assim e temos de aceitar.

Se este goleiro é o suplente, imaginem a qualidade do titular. Fez 30 jogos em cinco anos e por isso imaginem como deve defender o principal. Mas o futebol é bonito por isto. (…) E a outra é de orgulho porque eu sabia que os nossos jogadores iam jogar da nossa maneira.

Conseguimos impor ritmo no jogo e criámos oportunidades suficientes na primeira e na segunda parte. Em condições normais, isto era resultado de 2-1, 3-1, 3-2. Infelizmente não aconteceu. Estou orgulhoso pelo que fizemos e frustrado pelo resultado.»

[Guarda-redes do FC Porto atrapalhou/anulou tudo o que o Palmeiras fez de bom no jogo?]

«Conseguimos criar dificuldades ao FC Porto. O FC Porto também teve uma ou duas oportunidades e podia ter feito o golo. Às vezes acontece. (…) Queria eu estar os 90 minutos como naqueles últimos 15, mas não é assim que funciona. Do outro lado também está uma equipa competente, com jogadores e um treinador competentes e uma equipa com jogadores jovens. Nem sei qual das equipas era mais jovem. Mas foi um jogo bem competitivo, o resultado é que não foi o que queríamos. Foi pena, mas fomos capazes de impor o nosso jogo do primeiro ao último segundo. Só foi pena não termos conseguido ultrapassar aquela barreira amarela que estava entre os dois postes.»

[Consegue olhar para este jogo e ver possíveis ajustes para afinar mais a equipa nos próximos jogos?]

«Para mim, treinar uma equipa de futebol é como andar de bicicleta. É só não parar de pedalar. Às vezes está a descer e parece mais fácil, porque as bolas parece que entram todas. Às vezes está a subir e é continuar a pedalar e esperar que no próximo jogo sejamos mais eficazes.»