Alan Kardec, atacante brasileiro que o Benfica emprestou ao Palmeiras, ajudou o Verdão a vencer facilmente a Série B do Brasileirão, na época passada, e tem estado bem neste arranque de 2014, no estadual paulista.

Em entrevista ao «Lancenet», Kardec voltou a mostrar vontade de continuar no Palmeiras, rejeitando a hipótese de regressar ao Benfica.

Em tarde de regresso à Vila Belmiro (Kardec deixou o Santos em junho de 2012, com empate diante do Coritiba, voltando a contragosto ao Benfica), o jogador comentou: «Sigo a mesma linha de raciocínio de quando estava no Santos: de permanecer e dar sequência ao trabalho. Hoje eu quero isso, sei o que a camisa do Palmeiras representa e o que pode me trazer de benefícios», reafirmou o atacante.

A viver a melhor fase da sua carreira (21 golos em 42 presenças no Palmeiras), Kardec comentou: «É diferente se você se focar somente em ser artilheiro. O foco sempre foi ser campeão, mas quando as coisas acontecem você começa a sonhar. É um sonho, sim, não é uma obsessão, mas se vier vou ficar muito feliz. Vou continuar lutando para minha equipe ter êxito. Se for fazendo gol, fico feliz. Mas pode ser dando passe. Na base eu fazia muitos golos por ano, então quase todo ano eu acabava sendo artilheiro de pelo menos uma competição. É uma questão de amadurecimento, aprendizado. É difícil você ver um artilheiro de 18, 19 anos, só lembro de Neymar e Keirrison. Hoje estou muito mais maduro, é natural.»

E se Kardec tiver mesmo que voltar ao Benfica? «Faz parte do futebol, sou jogador do Benfica. Voltar é uma possibilidade que existe, como também há a possibilidade de ficar aqui. Enquanto sou do Benfica tenho que pensar nisso, embora eu não queira. Se tiver 1% de chance de ter que sair daqui, vou fazer o quê? Mas meu pensamento em momento algum foi sair.»

Regressar à Europa por desejo de Kardec, só mesmo se fosse… em grande: «Depende. Posso dizer que hoje não está me seduzindo e amanhã vem uma proposta do Arsenal... Como vou falar que não? Hoje, se eu tivesse que te falar se prefiro ficar aqui, com certeza te diria que sim, mas imagine que amanhã venha um gigante, um Manchester, um Bayern, um Real Madrid, um Arsenal ou um Barcelona... Isso mexe com qualquer jogador. Hoje não tenho tanta vontade de voltar, a não ser que aconteça algo desse tipo.»