Paulo Assunção fica satisfeito com o possível regresso de Ricardo Quaresma ao FC Porto. O brasileiro não esquece a influência do seu antigo companheiro de equipa e considera que as referências são fundamentais num clube.

«É um grande jogador e seria muito bom para o Porto. É um jogador que conhece o clube, que já sentiu a camisola. Penso que podia funcionar como funcionou o regresso do Lucho González», começa por dizer.

O jogador, que vive agora em Madrid, não esquece o passado: «No meu tempo, havia o Vítor Baía, o Jorge Costa, enfim, vários jogadores experientes que me faziam sentir seguro. Isso é muito importante. Sabia a história deles e tentava imitá-los. Eram referências, isso é essencial para um clube.»

Quaresma poderá voltar a jogar perante os adeptos do FC Porto. Será que os assobios pontuais não se vão repetir? «O Quaresma sempre foi assim. Pode ter sido assobiado por alguns mas isso faz parte do futebol, nem Jesus agradou a todos. Quando saía bem, fazia jogadas bonitas e decidia jogos. Todos temos fases menos boas, até você no seu trabalho, mas o Quaresma era um jogador que arriscava e fazia coisas incríveis», salienta Paulo Assunção.

«Quando eu saí, apareceu o Fernando»

Paulo Assunção e Fernando. A ligação é óbvia. Antes de mais, pela disponibilidade demonstrada para representar a seleção portuguesa. O mais velho não conseguiu.

«Na altura disse que estava disponível para representar a seleção portuguesa e penso que não fui por mãos de gente que não interessava. O Felipão tinha vontade, por ele eu iria e a seleção precisava de um jogador como eu, mas houve influência dessa gente», revela.

Fernando espera pela chamada. «Não vejo mal nenhum, chegou muito cedo a Portugal e sente-se bem, portanto espero que aconteça». Entretanto, o seu contrato com o FC Porto termina no final da temporada.

«Como aconteceu no meu caso, penso que por vezes chega uma altura em que um jogador que está há muito tempo no clube precisa de sair. São fases da vida. Até para abrir espaço para os mais novos. Eu saí e apareceu o Fernando. Se o Fernando sair, aparecerá outro», salienta Paulo Assunção.

O médio prolonga o seu raciocínio: «Se ele ainda não renovou é porque já deve andar aí gente interessada (risos). De vez em quando é bom mudar. Claro que, depois de tantos anos num sítio, tem-se um certo receio, estamos acostumados, mas é preciso um novo desafio», conclui, em entrevista ao
Maisfutebol.