Paulo Bento não viu as frases insultuosas dirigidas a si e aos jogadores à chegada à Academia, esta sexta-feira, palavras atempadamente limpas pelos funcionários, mas garantiu que não tem medo das críticas.
«Não me deixam desconfortável, encara-se a situação como os elogios, são coisas que acontecem no futebol, umas agradáveis outras não, não me incomodam muito menos me inibem. A única preocupação que tenho é dotar os jogadores da maior organização e confiança, esse é o meu trabalho até à hora do jogo com o Rio Ave e, depois, acreditar que podemos fazer um bom jogo», garantiu o treinador do Sporting, em conferência de imprensa, na antevisão da 22ª jornada.
O técnico reconheceu que as pesadas derrotas sofridas frente ao Bayern Munique abalaram a segurança da equipa, mas acredita que o Sporting vai apresentar-se ambicioso frente ao Rio Ave, mesmo depois de na véspera do jogo ter sido confrontado com paredes pintadas de insultos.
«Espero, acima de tudo, uma equipa que queira ganhar mais um jogo da Liga, que consiga somar mais três pontos, que seja segura, simples, solidária e consiga seguir o seu caminho no campeonato. É o que espero, sabendo que com o decorrer do jogo teremos de recuperar alguma confiança que foi, naturalmente, abalada pelo último resultado», perspectivou.
Paulo Bento defendeu, inclusive, que se frente ao Rio Ave «os jogadores fizerem como hoje e nos treinos a seguir a Munique», que estão «no bom caminho». «Sérios, agressivos e com qualidade», acrescentou, ressalvando as devidas diferenças entre um treino e um desafio.
O Sporting foi afastado da Liga dos Campeões nos oitavos-de-final, o objectivo na prova milionária acabou por ser atingido, considerou o treinador, logo as atenções viram-se em exclusivo para o campeonato e para a Taça da Liga.
«Temos dois objectivos neste momento: lutar pelo título e ganhar a Taça da Liga. Temos de lutar pelos três pontos, esperar por resultados adversos dos nossos adversários directos e continuar a nossa caminhada para estas jornadas finais. (...) Se no próximo jogo quisermos rectificar o que fizemos de mal no anterior, vai correr mal de certeza. É um jogo diferente, é um facto que vai ficar marcado para sempre, mas temos de o tirar da nossa cabeça o mais rápido possível», concluiu.