A ideia de conhecer de forma clara o seu futuro antes de iniciar o Euro 2012 foi reiterada por Paulo Bento, na entrevista concedida à Sport TV. O seleccionador nacional defende que esse é o cenários «mais lógico» para as duas partes. E dá exemplos.

«O Del Bosque, em Espanha, sabe que vai continuar até 2014. Em 2008, o Luís Aragonés sabia que ia sair no final do Euro. O Fabio Capello, em Inglaterra, já sabe que sai. É normal. Eu prefiro resolver e com isto não estou a forçar a renovação. Não vem o mal ao mundo se formos para o Euro com os jogadores a saberem que não vou continuar, porque a minha atitude e empenho será o mesmo. A liderança não sofrerá nenhum abalo», garantiu.

Numa altura em que as eleições para a Federação estão muito próximas, Paulo Bento não se quis alongar com o tema, mostrando disponibilidade total para colaborar com a futura direcção e desejando, apenas que «façam o melhor para o futebol português», manifestando o desejo de ver criado um local para a selecção se reunir.

Paulo Bento garantiu, ainda, que nunca recebeu sondagens do F.C. Porto, nem de qualquer outro clube, e confessou que não recebeu nenhuma mensagem de felicitação de José Mourinho pelo apuramento, negando no entanto qualquer problema relacionado com a exclusão de Ricardo Carvalho.

Sobre o passado da selecção, Paulo Bento considera «normal» a prestação portuguesa no Mundial 2010 e «excepcional» a caminhada no Euro 2004, prometendo uma «equipa competitiva» na Polónia e na Ucrânia.

Em relação aos jogadores, o seleccionador disse compreender a frustração de João Tomás, justificando a sua ausência como «opção técnica», tal como a de Liedson. Paulo Bento revelou ainda que deu a Carlos Martins a possibilidade de não participar no jogo com a Bósnia, devido ao problema pessoal que atravessa.

«Teve liberdade para fazer o que achasse melhor e, após uma conversa com ele, mesmo sabendo que ia ficar no banco, quis ficar na mesma e dar o seu contributo. É esse o espírito que queremos para a selecção», reforçou.