Paulo Bento garantiu que nunca nenhum jogador se recusou a treinar e que Polga não joga lesionado há meses e sim «com sacrifício». O treinador do Sporting garantiu controlar o plantel internamente, mas que não tem capacidade para o fazer fora do Sporting, com a interferência de familiares e empresários.
«O ambiente na equipa é normal, com algumas situações menos agradáveis, como há em todos os lados. Disse que não ia ser um ano fácil para o Sporting e os problemas estão a confirmar-se. Todos os treinadores terão cada vez mais a sua vida difícil, porque há factores externos que um treinador não consegue controlar. Mas quanto mais medo tiverem os treinadores, quanto mais inseguros forem, pior vai ser a sua missão. E eu não vou ter medo de ir para qualquer jogo e não tenho dúvida de que os jogadores vão seguir-me. (...) Quem vai com medo para alguma situação acaba por ter mais prejuízos que benefícios», contou o técnico leonino, na conferência de imprensa de antevisão da 22ª jornada, esta sexta-feira, em Alcochete.
As declarações de Miguel Veloso no aeroporto de Lisboa, antes da partida para Munique, inserem-se neste capítulo, fora do domínio do treinador: «O jogador tem de saber controlar-se, como eu tenho de saber o que dizer cada vez que venho a uma conferência, tenho de me controlar. E, internamente, controlo.»
Recentemente várias pessoas afectas à equipa falaram sobre o momento do Sporting, casos da mulher de Polga, do empresário de Miguel Veloso, do presidente Soares Franco e do director desportivo Pedro Barbosa, contudo, Paulo Bento reiterou que nada teme.
«Não vou comentar as palavras da mulher de Polga, a de outros familiares, a de empresários e isso o treinador não consegue controlar. Tenho de conviver com elas, mas não as temo, nem nunca hei-de temer», garantiu.