Paulo Bento admite erros próprios, nem que seja porque Portugal foi eliminado na fase de grupos do Mundial, mas não aceita refugiar-se nas questões do clima.

«Quando as coisas correm mal, quem comete mais erros é sempre o treinador. Todas as opções que fiz, fi-las em consciência, sabendo o que é que estava em jogo, o estado dos jogadores, o planeamento. Todos os erros que me são imputados tenho que os aceitar», frisou, aceitando comentar as condições climatéricas:

«Não acho que Portugal tenha perdido com a Alemanha ou empatado com os Estados Unidos pelo clima. Não me parece que possamos relacionar tudo o que tenha a ver com resultados com uma situação que tem a ver com temperatura e humidade. Há outros erros tecnico-táticos. Não deixámos de cometer erros nos golos dos Estados Unidos e isso não tem a ver com o clima. Não conseguimos ser competentes suficiente».

Na entrevista à TVI24, o selecionador rejeitou que pudesse ter planeado tudo de forma diferente, como treinar à hora do jogos. «Não acredito que cada vez que há alteração à hora de jogo se condicione em função da hora do jogo. A Alemanha chegou três dias antes de nós, mas não acho que isso faça a diferença. Nós chegámos cinco dias antes do primeiro jogo, como outras seleções. Na minha opinião os três dias antes não são suficiente para uma melhor adaptação», referiu, esclarecendo também que não alteraria o estágio nos Estados Unidos.

«Entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estiveram praticamente todas as equipas, com exceção para Grécia, Croácia e Gana, que foram para zonas mais quentes», assinalou, acrescentando: «Não alterava o plano porque tivemos trabalho durante muito tempo, porque sabíamos o clima que íamos encontrar. O nosso objetivo era ter a maior rentabilidade no treino e por isso treinaríamos em condições diferentes. Nos Estados Unidos os jogadores tiveram tempo de recuperar, de se adaptar a fuso horário e chegámos ao Brasil com jogadores todos disponíveis para preparar o jogo com Alemanha».