Muito tranquilo, explícito, confiante. Acima de tudo, natural. Paulo Fonseca é um treinador diferente do antecessor Vítor Pereira, especialmente no contato semanal com os jornalistas. Tanto assim é que até se dá ao luxo de desviar o discurso para falar sobre as quatro estações do ano.


Expliquemos: perguntava-se ao técnico do FC Porto se os cinco pontos de vantagem sobre o Benfica eram um quadro prometedor. Fonseca desviou o raciocínio e concentrou-se no muito que falta jogar nesta Liga 2013/14.


«Não valorizamos muito a vantagem de cinco pontos, sinceramente. O verão ainda está a acabar, temos o outono, o inverno e a primavera pela frente. E depois o início do próximo verão. Falta percorrer um longo caminho como é fácil perceber».


A reflexão terminou com a conclusão evidente. «Mais importante do que as derrotas dos adversários é sabermos o que nós podemos fazer».


Ora, posto isto, confrontou-se Paulo Fonseca com mais um dado. André Villas-Boas tem o recorde de vitórias seguidas a abrir o campeonato. Este novo dragão vai atrás do mesmo registo? «Não tenho pensado muito nisso, mas não me importava nada chegar a essa marca. De qualquer forma, o que realmente importa é o objetivo final, o título».