Paulo Fonseca, treinador do FC Porto chegou à sede da UEFA, em Nyon, para participar no fórum de treinadores de elite, na companhia de André Villas-Boas, numa das duas carrinhas que o organismo que preside ao futebol europeu pôs à disposição dos técnicos participantes. Na outra, vinha Jorge Jesus. Mas está enganado quem pensar que o encontro dos três portugueses - Mourinho acabou por não comparecer - decorreu em clima de guerra fria, devido à rivalidade entre o FC Porto e o Benfica.

Bem pelo contrário, como o próprio treinador do FC Porto fez questão de sublinhar: «Tenho enorme respeito por todos estes nomes, mas claro que há sempre afinidades maiores com os portugueses. E como estavam aqui Jorge Jesus e André Villas-Boas falei mais com eles», assumiu, pormenorizando depois: «Como vocês sabem fui treinado por Jorge Jesus e somos adversários, não inimigos. Não era por estar agora no FC Porto que ia mudar a relação que tenho com ele», frisou, antes de um aparte bem humorado: «Mas não falámos sobre o campeonato», confirmou com um sorriso.

Estreante no fórum, Paulo Fonseca assumiu uma atitude humilde ao referir aos jornalistas portugueses as suas primeira impressões sobre o evento: «Senti-me privilegiado, é uma sorte estar com alguns dos grandes nomes do futebol europeu e acima de tudo tenho estado atento às opiniões deles», admitiu, antes de revelar um dos nomes que elege como referência no encontro: «Sempre confessei a minha admiração por Arsène Wenger, e pude confirmar que é uma pessoa muito interventiva, com ideias fortes. Mas todos estes nomes me merecem admiração», concluiu.