Paulo Sérgio e Tulipa, treinadores do P. Ferreira e do Trofense, em declarações no final da vitória pacense (1-0) que relegou a formação da Trofa para a Liga de Honra:
Paulo Sérgio, treinador do P. Ferreira:
«Com um arranque melhor, com menos erros, podíamos estar uns lugares mais acima, mas tenho de salientar que os 26 pontos não deram descida de divisão e que por isso temos há muito tempo a manutenção garantida. Foi um jogo que não foi um grande jogo, um encontro com intensidade baixa. Nós estivemos naturalmente mais serenos, trabalhámos melhor a bola e conseguimos concretizar em golo nas raras oportunidades que houve. O William merece uma palavra de conforto, porque mostrou a sua veia goleadora. Ele é um matador e ele chama a bola. É muito forte no trabalho que desempenha. Tenho de dar uma palavra também de conforto ao Tulipa. Estes desaires podem abaná-lo, mas não o vão derrubar. Sobre a Taça de Portugal falamos depois. Vai ser uma semana igual às outras, mas com mais interesse da parte da imprensa e por isso temos de nos precaver.»
Tulipa, treinador do Trofense:
«Vínhamos com uma ambição grande de ganhar o jogo e depois fazer outras contas. Não fomos capazes, não encontrámos soluções dentro do jogo para sermos mais fortes do que o P. Ferreira. Sou o grande responsável, lamento que a equipa não tenha conseguido a merecida manutenção, peço desculpa às pessoas que nos têm apoiado e ao concelho que vive de futebol. Não é um discurso de despedida, é a minha forma de estar na vida. Gosto do clube e sinto-me bem no clube, mas tenho de assumir a responsabilidade de não ter atingido os resultados que me propuseram. Os treinadores são sempre reféns dos resultados. Apanhei o clube já com uma planificação, já com o plantel construído e tive de me moldar a isso. Se tenho vontade de sair? Não tenho nenhuma vontade de sair. Pelo contrário, gostava muito de continuar.»