Tal como o Maisfutebol já tinha avançado, um dos aspetos em causa prende-se com uma reação intempestiva (com gestos à mistura) a críticas de adeptos, no jogo com o P. Ferreira, na altura em que o jogador foi substituído.
Além disso, apurou agora o nosso jornal, são-lhe atribuídas ofensas a um administrador da sociedade, na sequência de uma discussão mais acalorada, e, por causa disso, o avançado incorre na pena máxima para estes casos: despedimento por justa causa.
Sindicato vai contestar
A defesa do jogador, como revelámos, tem sido conduzida pelo Sindicato de Jogadores, que irá apresentar a contestação nos próximos dias. Joaquim Evangelista entende que não assiste razão ao clube e acredita que os factos que lhe são imputados não justificam o despedimento como pretende o clube.
«A intenção é essa, mas, no nosso entender, não há justificação para tal. Quando muito uma sanção pecuniária ou uma suspensão», referiu o dirigente ao Maisfutebol, dando conta das suas preocupações:
«O processo disciplinar é um instrumento ao serviço dos clubes, para ser utilizado para sancionar certos comportamentos de forma adequada e com proporção. Não deve servir como forma de gestão financeira ou desportiva, para encontrar bodes expiatórios para o insucesso dentro das quatro linhas.»
O sindicalista revelou já ter falado com o presidente do Arouca sobre este assunto, a quem pediu «bom senso» e «ponderação», lembrando também que a continuidade da relação laboral nunca esteve em causa, uma vez que o atleta continua no clube. «Vamos apresentar os nossos argumentos e a direção decidirá o que pretende fazer», finalizou.
Evitar a saída, ainda por cima quando o mercado de Inverno está prestes a abrir, afigura-se, todavia, muito complicado, até porque o elevado salário do jogador é outro dos detalhes a ter em conta. Em suma, Paulo Sérgio estará mesmo de saída de Arouca...