O ex-jogador da Académica, Milos Pavlovic, que se transferiu para o Vaslui, em Janeiro, causou um grande impacto na Roménia por ter sido protagonista de um episódio insólito no encontro entre a sua equipa e o Polithecnica Iasi, no passado sábado.
No decorrer do encontro, o médio sérvio lesionou o guarda-redes adversário Cristian Branet, que teve de ser evacuado para o hospital, quase a terminar a primeira parte, mas haveria de fazer o mesmo ao suplente, Razvan Plesca. Este porém, numa altura em que o Iasi esgotara as substituições, acabou por recuperar os sentidos e terminar o jogo para alívio dos responsáveis do clube.
O antigo internacional sub-21 sérvio admite que se tratou de um «acontecimento invulgar em qualquer campeonato», sem qualquer «intenção ou maldade» e garante ter pedido desculpa a ambos. «No primeiro, foi num canto curto, saltei com o guarda-redes e batemos na cara um do outro. Já com o segundo não foi nada de especial: cruzamento ao segundo poste, a bola ia no ar, e bati com a testa na parte de trás da cabeça dele», conta o jogador ao Maisfutebol.
Quem não o conhece e não sabe da forma impetuosa mas leal como disputa os lances, poderá ter ficado a pensar que Pavlovic é um atleta violento, como o próprio reconheceu por aquilo que saiu na imprensa do país. «Nos jornais disseram que sou um assassino, um terrorista, estrela de K-1 [arte marcial], que tenho uma cabeça de ferro ou sou uma espécie de terminador. Agora, toda a gente tem medo de mim», revela, divertido com a situação.
Pavlovic considera, ainda assim, que as críticas foram injustas porque até o guardião suplente gracejou um pouco com o sucedido. «Ele explicou-me que temos de chocar de cabeça mais uma vez para não ficarmos estúpidos. Parece que é uma tradição na Roménia», desvenda, não deixando de referir que irá ter «mais cuidado no próximo jogo».