Dois jogos, um golo marcado e um sofrido, dois pontos e o provisório terceiro lugar no grupo. É este o momento de Portugal quando falta realizar o último e decisivo jogo na quarta-feira contra a Hungria.

Não era esta a expectativa. Era, sim, que estivéssemos ao fim dos dois jogos se não já apurados com duas vitórias, pelo menos com quatro pontos, tendo por decidir em que lugar passaríamos aos oitavos de final.

Agora são vários os cenários em equação, desde as várias posições no grupo aos possíveis adversários. Uma coisa é certa: dependemos de nós para continuarmos em frente. Nem me passa pela cabeça outro cenário, mas convém não facilitar.

Olhando para o que temos feito, e numa breve análise, melhorámos claramente de rendimento, mas continuamos com a mesma falta de eficácia. E isso, independentemente do que fizemos de mais fraco no primeiro jogo e de mais forte no segundo, voltou a fazer diferença.

De positivo, quanto a mim, nestes dois jogos, retiro a confiança e segurança de Rui Patrício, o bom entendimento de Pepe e Ricardo Carvalho, a confiança e a afirmação de Raphael Guerreiro. O bom jogo de William e o que trouxe de novo à equipa, João Moutinho a crescer e a confiança de Quaresma.

A verdade é que, 180 minutos depois, lá estamos nós de volta com as contas. Mas nem isso retira a confiança que tenho na selecção e na capacidade para estarmos nos oitavos de final.

Dito isto, acredito que a equipa cresça na competição, como se verificou do primeiro para o segundo jogo. Contra a Hungria espero subida de rendimento: com isso seremos provavelmente primeiros e com um adversário, em teoria, mais acessível nos oitavos.

O seleccionador revela, nas suas declarações, uma enorme confiança, não ficando apenas pelo oitavos.

Escrevi aqui há duas semanas, o que achava das expectativas e do que poderia ser a prestação da selecção portuguesa. Mais do que pensar muito à frente, importa concentrar todas as energias para a Hungria.

Contra a Áustria, Fernando Santos refrescou a equipa, palavra escolhida para as alterações que iria efectuar Foram apenas duas: William respondeu bem, Quaresma também e foi pouco o tempo para Rafa.

Fernando Santos voltou a falar após o jogo e explicou as suas ideias, o que pretendia, o que se passou e por que razão fez as substituições.

Tomar decisões é o normal na sua profissão, tal como a esperança de que todas elas sejam as melhores em cada momento, sendo certo que nem sempre isso acontece. Eu, que estou deste lado e não estou na posse de todos os dados, faço apenas a análise perante o que vejo e aquilo que são as minhas ideias: o jogo pedia Rafa mais cedo.

O que foi feito serve para termos respostas e percebermos o que temos de corrigir, o que podemos melhorar para nos apresentarmos com mais capacidade no próximo jogo. Espero que seja assim contra a Hungria. Com alterações no onze? Penso que sim. Na próxima sexta-feira, no programa Maisfutebol, na TVI24, espero estar juntamente com os meus companheiros de programa a analisar o que foi esta primeira fase e qual a opinião de cada um de nós acerca do melhor onze para vencermos o adversário que nos espera nos oitavos de final.

Mas isso é só na sexta-feira. Para já, o meu onze para levar de vencida esta Hungria:

Rui Patricio

Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho, Raphael

João Mario, Moutinho, William, Rafa

Quaresma e Ronaldo

As 17h na próxima quarta-feira lá estarei em frente à TV a torcer. Força Portugal!