O arranque da fase de grupos das competições europeias não foi bom para as equipas portuguesas. Na Liga dos Campeões, Benfica e Porto empataram em casa, não tendo jogado o suficiente para poderem ter alcançado algo mais. O Sporting foi melhor mas saiu derrotado nos minutos finais em casa do campeão europeu. O Sp. Braga fechou a ronda com um empate caseiro frente ao Gent.

A minha análise aos pontos positivos e negativos da semana europeia das equipas portuguesas.

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«Nelson Semedo está mais consistente e teve bom rendimento. Esteve seguro, bem posicionado e a tomar boas decisões. Dar profundidade pelo corredor está no seu ADN. Voltou a fazê-lo com critério e procurou os desequilíbrios, nem sempre conseguidos.»

 

«André Horta continua o seu processo evolutivo e na estreia na Champions voltou a mostrar personalidade. Esteve seguro no passe, arriscou (é dele o passe longo para Salvio que acabou por dar o único golo) do Benfica-Besiktas e soube ocupar bem o seu espaço, o que permitiu recuperações e boas coberturas defensivas.

«O grande golo de Otávio no FC Porto-Copenhaga foi a nota de registo muito positivo no Dragão. Danilo foi o único a meu ver a estar próximo do seu rendimento.»

 

«A forma como a equipa do Sporting jogou bem durante toda a partida na casa do campeão europeu em título foi o aspecto mais marcante do jogo. Foi uma equipa personalizada, adulta, organizada e corajosa. Apesar da derrota já no final, a qualidade exibicional foi de grande nível.»

 

«Os destaques individuais para mim foram Coates e Ruben Semedo, uma dupla segura e muito concentrada, ambos eficazes nas suas acções. Adrien e Bruno César foram os melhores elementos num sector que foi importante para o controlo do jogo. O capitão leonino fez um grande jogo na forma como ocupou o espaço, pressionou e marcou o ritmo do meio campo. Bruno César, numa posição que foi de apoio simultaneamente à dupla do meio campo e a Bas Dost, voltou a ter rendimento e a marcar em Madrid.

 

Gelson Martins mostrou-se em pleno Santiago Barnabéu. Sem medo, pediu a bola, foi para cima dos adversários e usou a velocidade para criar problemas e mostrou a sua qualidade em jogo de grande exigência.»

Menos 

«As ausências dos avançados principais do Benfica obrigaram Rui Vitória novamente a procurar soluções. E se internamente ainda é possível serem superadas, em jogos da Champions é bem mais dificil. Outra exigência, outra competitividade, outro ritmo, e o Benfica teve de viver com isso. Gonçalo e Cervi foram os escolhidos para a frente e apesar da luta e do empenho revelados, o Benfica mostrou pouco ofensivamente.»

 

«O rendimento apresentado pela equipa do FC Porto foi curto para quem tem ambições para passar a fase de grupos. Marcou cedo mas nem isso deu tranquilidade à equipa ou permitiu demonstrar superioridade perante um adversário que foi crescendo no jogo e assumindo varias vezes o controlo.»

 

«O Porto foi uma equipa pouco esclarecida revelando pouca agressividade e pouca intensidade. Em superioridade numérica desde os 66m e com as substituições operadas a alterar a disposição táctica, faltaram ideias para ultrapassar a defesa adversária.»

 

«A forma como depois de 88 minutos de jogo em que foi melhor a equipa do Sporting sofreu dois golos e saiu derrotada de Madrid deixa uma enorme frustração.»

 
«As substituições feitas por Jesus, Vitória e Nuno não tiveram o efeito desejado. Na procura de soluções seja para manter o resultado ou para ir atrás de outro, o que é certo é que as decisões dos treinadores portugueses não foram eficazes.»