A Académica recebe esta segunda-feira o Marítimo, equipa que rendeu aos estudantes a primeira vitória para a Liga, no jogo da primeira volta, em Setembro. O adversário traz, por isso, boas memórias, mas não será por isso que Pedro Emanuel espera um encontro mais fácil, agora em Coimbra.

«O favoritismo é sempre relativo. Temos claramente um Campeonato equilibrado, onde estão todos muito próximos em termos pontuais, mas num jogo em casa vamos assumir nossa cota-parte de responsabilidade em relação a esse favoritismo», lança o treinador.

«Temos de respeitar um adversário que, tal como nós, tem tido percalços, também relacionados com outras competições. Temos noção do seu valor e competência e temos consciência de que, estivermos concentrados, e isso pode fazer a diferença, podemos aspirar a vencer o jogo», completou, sublinhando o calibre do adversário:

«Luta pela Europa, já o assumiu, e vem aqui para dar sequência aos últimos dois jogos. Temos consciência do que pode fazer, aquilo que não lhe podemos deixar fazer, daquilo que nós podemos fazer. É uma equipa com jogadores rápidos na frente, que gosta de ter bola, e procura servi-los bem.»

«50 jogos na Liga? Quero muito mais...»

Em suma, o técnico considera que ambas as equipas estão melhores do que na primeira volta e ambas vão procurar a vitória, que poderá surgir no 50º jogo de Pedro Emanuel.

«É um orgulho enorme atingi-lo neste clube, que me acolheu e ajudou a atingir este nível, mas quero muito mais, para mim, para o clube, e para este grupo pela forma como trabalha e se dedica ao treino e ao jogo. Os oito empates que temos, serão vitórias nos 11 jogos que faltam», promete, esperando não voltar a estar 16 jogos consecutivos sem ganhar, como na última época:

«Só não aprende quem não quer, foi, de facto, um período negro da nossa passagem pelo campeonato e da história da Académica, mas temos de saber viver com isso. Saber aprender, saber o porquê, e ter confiança no nosso valor. Isso requer exigência máxima e trabalho diariamente, só assim seremos melhores no futuro.»

Aprender com os erros é uma máxima que se aplica também às várias expulsões que a equipa tem conhecido e que o técnico continua a relativizar. «Temos de ser mais inteligentes na gestão das emoções, mas nada mais do que isso», admitiu.