O Marítimo entra na segunda volta da Liga com o estatuto de única equipa que conseguiu vencer o Benfica, uma vezs que na ronda inaugural bateu a equipa de Jorge Jesus por duas bolas a uma, no estádio dos Barreiros, com golos de Sami e Derley.

No entanto, Pedro Martins considera que este jogo na Luz será muito diferente daquele que aconteceu na primeira metade do campeonato, até porque o Benfica tem vindo a evoluir muito: «Todos os jogos são de grau de dificuldade elevada quando se joga com uma equipa como o Benfica, candidato ao título», começou por explicar o técnico verde-rubro, acrescentando: «O Benfica tem vindo a melhorar. Não é o Benfica que nós apanhámos na primeira volta. Acaba de chegar ao primeiro lugar o que ainda dá mais uma motivação extra, uma responsabilidade extra, porque vê-se na obrigação de ganhar ao Marítimo depois de ter batido o Porto e nós vamos com o mesmo sentido, com a nossa identidade própria, fazer o que fizemos com o Sporting, mas com outro resultado.»

Para o técnico maritimista, a recente venda de Matic não irá fragilizar os pupilos de Jorge Jesus, pese embora, na sua opinião, o sérvio seja «um jogador de elevadíssima qualidade e é por isso que vai para o Chelsea». No entanto, as águias têm «um plantel com soluções atrás de soluções que permite ter substitutos, se calhar não com a mesma qualidade nesta fase».

«Se nos lembrarmos, há dois anos quem jogava era o Javi Garcia e não o Matic, este era o suplente e na altura foi altamente criticado, e, normalmente, quando jogam com maior regularidade, aparecem jogadores talentosos», explicou.

O técnico verde-rubro relembra que o Marítimo «já não perde para o campeonato há seis jogos», pelo que o segredo para conseguir trazer um bom resultado da Luz «é trabalhar bem, com a máxima concentração e ser eficaz nos momentos que aparecerem», já que, no seu entender, «a equipa está desinibida e a jogar um bom futebol», embora os resultados não estejam a ser os melhores em função de diversas contingências.

No entanto, Pedro Martins deverá mesmo orquestrar algumas mudanças no onze verde-rubro, mas sobretudo por questões estratégicas e não em função dos recentes desempenhos: «Vai haver uma ou outra alteração estratégica porque o Benfica é diferente do Sporting em termos estruturais», disse, finalizando: «Nós não podemos pensar no passado. Temos que analisar mas não podemos fazer um bicho de sete cabeças, porque senão isso ainda nos vai perturbar mais. A equipa tem que estar concentrada, desinibida, tem que trabalhar muito para trazer um bom resultado.»