Sem nomes sonantes, sem muitos reforços, mas com muita ambição. Uma base da época passada garante a Pedro Martins que o seu Marítimo pode ser a sensação da Liga.

«Para já é um balanço muito positivo. Nestes tempos em que trabalhámos arduamente, os atletas deram sempre uma resposta muito positiva. Também foi mais fácil dado que grande parte dos jogadores transitou do ano passado e conhecem a metodologia, os princípios, o modelo... A adaptação nesta primeira fase foi muito boa, com os próprios jogadores a referirem isso. É evidente que faltam aqui os jogos de observação e análise que iremos fazer agora, numa segunda fase. Essa fase também será importante para nos tirar as dúvidas, pois certezas só em competição é que é possível ter», afirmou.

O treinador dos madeirenses começou já a riscar alguns nomes do plantel definitivo: «Numa primeira fase - e posso dizê-lo na medida em que já falei com os atletas - o Ruca e o Cristiano foram para a equipa B, o Balú e o Tito também não vão fazer parte do grupo. No dia 31, tomarei a decisão definitiva sobre os restantes.»

Pedro Martins justificou ainda por que afirmou furante a apresentação oficial que o Marítimo pode ser a surpresa da Liga: «Por não ter muitos reforços, as pessoas podem duvidar... E por haver muita gente que não conhece os elementos que transitaram da equipa B... Foi nesse aspecto que referi tal durante a apresentação. Ou seja, significa fazer um campeonato que nem os mais optimistas estarão à espera. Estamos confiantes de que vamos realizar uma grande prova, não apenas no campeonato como na Taça da Liga e na Taça de Portugal. Vai ser lançada muita gente jovem e tenho a certeza de que darão excelentes respostas e alguns serão revelações.»

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O Marítimo aposta forte no mercado africano. O treinador explica porquê: «É uma aposta que tem trazido bons valores para Portugal. Se irá resultar ou não, não sabemos pois tudo é uma incógnita. Há jogadores que foram transferidos por milhares e milhões e que depois chegaram e não tiveram sucesso. Não temos dúvidas de que os jogadores que vêm são de qualidade, depois é uma questão de adaptação ao futebol português, a uma nova cultura... Tudo isso requer o seu tempo, alguns não conseguem e outros explodem. Mas a verdade é que muitos nigerianos têm tido sucesso em Portugal porque esse mercado é mais acessível do que, por exemplo, o brasileiro. Então na Europa é quase impossível conseguir atletas com perfil para representar o Marítimo.»

Quanto ao valor do plantel e possíveis necessidades, Pedro Martins foi claro: «Neste momento não posso falar disso. Se calhar no próximo dia 31, último dia do estágio em Ofir, terei uma informação mais detalhada sobre o pretendido. Precisamos de jogos que darão as respostas adequadas ao que pretendo. Há coisas que só com os jogos é que tomaremos decisões.»