Pedro Mendes, médio do V. Guimarães, veio esta quinta-feira a público explicar os fundamentos da empresa que criou com Nuno Assis e Fernando Meira, depois de terem sido acusados de fazerem concorrência ao próprio clube pelo candidato a lista B, Pinto Brasil. O jogador garante que ele e os seus companheiros não são empresários, mas apenas investidores.

«É um negócio de tostões, investimos nos direitos económicos dos jogadores que têm empresário. É para vermos onde pode chegar a maldade das pessoas, tudo isto é muito feio e desagradável», referiu o jogador, numa conferência de imprensa em que se fez acompanhar pelo seu advogado, Cordeiro da Silva.

O representante do jogador explicou que «a sociedade limitada tem como objeto social a gestão de carreiras desportivas» e foi constituída «há 15 dias, três semanas», salientando que os jogadores não têm nada a esconder no que diz respeito a esse assunto.«Não há testas de ferro, podiam ter feito uma sociedade anónima em que os nomes não seriam conhecidos, mas jogaram com clareza, não se fecharam», explicou o causídico.

Pedro Mendes avança com queixa-crime

Pedro Mendes também anunciou que vai avançar com uma queixa-crime contra Pinto Brasil, candidato da lista B à eleições para a presidência do V. Guimarães, depois do empresário ter insinuado que foi Pedro Mendes que lhe revelou que o presidente demissionário, Macedo da Silva, teria dito que os salários em atraso só seriam pagos se a Lista A ganhar as eleições do próximo sábado.

«Lamento profundamente toda esta situação, ver o meu nome abusivamente usado e envolvido num rol de mentiras para as quais não consigo encontrar uma explicação. Por isso, vou avançar com uma queixa-crime por difamação contra o candidato da lista B», destacou o experiente jogador, numa conferência de imprensa em que contou com o apoio, presencial, de Alex, João Alves, João Paulom Nuno Assis e Fernando Meira.

Pedro Mendes manifestou-se revoltado e garante que não teve qualquer conversa com Macedo da Silva, do teor revelado por Pinto Brasil. O candidato da Lista B já tinha acusado, na quarta-feira, Pedro Mendes e Nuno Assis de terem traído o Vitória e disse que tinham de deixar o clube. «Sinto-me revoltado porque depois de ter entrado naquele complexo [desportivo do Vitória] há 23 anos, vir um candidato dizer-me que fecha as portas? Ele tem uma mão cheia de nada para me acusar. Neste momento sinto-me revoltado e, como sócio do Vitória, sinto-me envergonhado», referiu ainda Pedro Mendes.