Pedro Mendes está de volta a Portugal e, num exclusivo Maisfutebol/TVI, no dia em que se apresentou ao serviço da selecção, comentou a nova chamada do seleccionador Carlos Queiroz. Pedro Mendes está orgulhoso pela convocatória, mas também pelas últimas exibições do Sporting, que na última noite venceu o F.C. Porto.
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Está há um mês em Portugal, hoje é aplaudido pela crítica e os adeptos entoaram o seu nome no final do jogo com o F.C. Porto. Já se sente um ídolo dos adeptos?
«Não, o que tento fazer no Sporting é entregar-me ao máximo. O que prometo é o máximo profissionalismo e entrega. Esse é um dos meus lemas de vida e aqui não é excepção. Estou a fazer o meu melhor, quero ajudar a equipa, tivemos uma fase complicada, recuperámos bem e penso que a equipa está agora muito melhor do que há duas ou três semanas. Ainda falta muita temporada, há muitos jogos importantes pela frente e estamos ansiosos por eles.»
«Se for ao Mundial, fico feliz da vida»
Mas estava à espera de um regresso a Portugal com este impacto?
«São estilos de jogos diferentes, Inglaterra, Escócia e Portugal. Mas acompanhava o campeonato nacional, como é lógico, portanto, estava mais ou menos identificado com o tipo de futebol de Portugal. De realçar também que todos os meus colegas e a estrutura do Sporting me acolheu muito bem e estão presentes em tudo o que eu preciso. Estou cá há um mês, fiz alguns jogos, mas ainda faltam algumas partidas importantes, porque queremos acabar a época em alta.»
Este regresso tem ido de encontro às suas expectativas?
«Eu sabia exactamente o que vinha encontrar quando regressei a Portugal. Sabia o que queria, por isso tomei a opção de vir. Fiz tudo para vir, mesmo junto do Rangers, quando a hipótese Sporting começou a ser falada e depois de um período um bocado em banho-maria. Fiz tudo junto do Rangers e vinquei bem a minha posição. Portanto, quero realçar que estou feliz por estar aqui.»
Conseguiu convencer praticamente todos com aquela exibição frente à Hungria, ainda pelo Rangers. Depois veio para o Sporting numa altura complicada e volta a ser chamado para a selecção. Aquela mudança foi arriscada?
«Apesar de a época estar longe daquilo que os responsáveis e adeptos do Sporting desejavam, de estar longe de corresponder à qualidade do plantel. A altura não era a melhor, mas tinha plena consciência da qualidade dos jogadores do Sporting, do que eles podiam fazer e do que eu poderia ajudar. Sempre disse que um eventual regresso nada tinha a ver com a selecção. Avançou-se essa hipótese, mas fui chamado pelo Rangers e uma coisa não estava ligada à outra.»
Ou seja, se foi convocado no Rangers...
«Uma coisa não estava ligada à outra. Fiquei lisonjeado com o interesse do Sporting e optei por voltar. Como disse, vinquei bem qual era a minha intenção. Vim para o Sporting e, felizmente, as coisas estão a começar a melhorar. A equipa está a apresentar um futebol mais interessante, com exibições mais conseguidas, com boas vitórias, como aconteceu na Liga Europa, e um triunfo num clássico é sempre uma vitória num clássico, no caso frente ao F.C. Porto. Depois da derrota na Taça deu para elevar a estima de jogadores e adeptos. Para além de ter sido uma vitória sobre o F.C. Porto, havia a dúvida se o triunfo sobre o Everton não tinha sido por acaso, e fizemos questão de repetir a exibição, bem conseguida, frente a um adversário forte. O 3-0 é uma resposta ao jogo da Taça, tanto para jogadores, como para adeptos.»