Pedro Proença garante que o acordo assinado pela Liga de clubes para patrocínio da II Liga tem apenas intenções de formação de jovens jogadores chineses, sem qualquer obrigatoriedade relativa à sua utilização. E a última palavra, acrescenta o presidente da Liga, será sempre dos clubes.
 
«Obviamente que não há obrigatoriedade de jogadores jogarem minutos. Aquilo que existe neste princípio de acordo – e volto a dizer que é um princípio de acordo que tem de ser ratificado em sede de direção da Liga – é uma grande vontade de podermos dar formação a treinadores, a técnicos, como também a jogadores», disse Proença em Macau, onde concluiu uma visita à China.

A questão foi levantada aquando do anúncio do acordo com a empresa chinesa Ledman. A companhia emitiu um comunicado a dizer que os dez melhores clubes da II Liga iriam receber jogadores chineses e estariam obrigados a utilizá-los, referência que depois retirou.

«Eu gostaria que se mudasse o conceito, porque não se vai abrir a porta para eles irem jogar. Qualquer posicionamento que se possa ter relativamente a estes novos atores é um posicionamento formativo. São os clubes que têm a última palavra relativamente a este sistema», reagiu Proença, insistindo: «São os clubes que dizem se querem ou não querem este sistema, se estão abertos ou não a dar formação a estes novos técnicos, a estes novos jogadores, a potenciar estas capacidades, e portanto, Portugal e a liga portuguesa irá desempenhar um papel formativo e se os clubes assim o entenderem.»

Questionado sobre o valor do negócio, Pedro Proença disse que o acordo «não representa uma receita direta para os clubes»: «Aquilo que representa é que nós vamos criar condições para que a II Liga possa ter uma sustentabilidade e ter sustentabilidade significa pagar todo um custo de estrutura, que tem de ser pago pela Liga. Aquilo que se pretende é ter uma II Liga que seja atrativa, e ela já é competitiva, e que os clubes possam desenvolver a sua atividade.»