Espanha poderá, em breve, debruçar-se sobre um escândalo de manipulação de resultados. Levando em conta as declarações de Javier Tebas, presidente da Liga espanhola, vários jogos por ano, nas principais divisões, são manipulados.

«Entre a primeira e a segunda divisão, cerca de oito a dez jogos são manipulados por ano», afirmou Tebas, em declarações à BBC.

O dirigente defende que estes casos têm de ser detetados, investigados e depois banidos os responsáveis. «Se não forem erradicados imediatamente, este problema vai crescer», alertou.

Tebas defende que a origem do problema está fora das fronteiras do seu país e acha que o futebol se pode transformar no «Faroeste», onde «não há leis, nem controlo».

«Parece fácil associar este problema a jogadores com problemas financeiros. Seriam mais facilmente sensíveis à corrupção. Mas não podemos generalizar. Também acontece com jogadores que ganham muito dinheiro», assegura.

O dirigente diz que um jogador, treinador ou dirigente diretamente envolvido num caso de manipulação de resultados deve ser «banido para sempre». Se o envolvimento for indireto, o castigo deverá ser de três anos.