Linford Christie, ex-velocista inglês e ainda recordista do país nos 100 metros, está no centro de mais uma polémica, desta feita fora das pistas. Em causa está o convite do presidente da câmara londrina, Ken Livingstone, para que transportasse a chama olímpica no próximo dia 6 de Abril, que a Autoridade para a Grande Londres negou, esta sexta-feira, ser verdade, mas que a agente do antigo atleta garantiu ter em seu poder.
«Linford Christie tornou claro que não vai participar na cerimónia da chama olímpica», disse um porta-voz da Autoridade da Grande Londres, que negou, igualmente, que o autarca Ken Livingstone tivesse convidado o ex-velocista inglês: «A decisão de convidar Linford Christie não foi tomada pelo presidente da Câmara. Este tinha apenas o direito de nomear cinco elementos e Linford Christie não foi um deles.»
Uma versão que contraria na totalidade a da agente do ainda recordista inglês. «Tenho uma carta à minha frente assinada por Ken Livingstone, que diz o seguinte: Ficaria encantado se aceitasse ser um dos portadores da chama olímpica em Londres, num percurso de cerca de 250 metros, juntando-se a 80 outras personalidades bem conhecidas. Surpreende-me que estejam a dizer o contrário, considerando que é a assinatura do autarca que está no final da carta», revelou Sue Barrett, em declarações à BBC Radio Five, esclarecendo, ainda, que o convite apenas não foi aceite por compromissos profissionais do recordista fora do país.
Linford Christie, que celebra o 48º aniversário quatro dias antes da passagem da chama olímpica por Londres, ganhou, entre outros títulos, a medalha de ouro nos 100 metros nos Jogos de 1992 em Barcelona e nos Mundiais de Estugarda em 1993. Em 1999 acusou nandrolona num controlo antidoping e foi punido com dois anos de afastamento. O campeão inglês negou sempre ter tomado qualquer substância que aumentasse o seu rendimento.