Guilherme Siqueira foi o desejado improvável do fecho do mercado.

Referenciado por Carlo Ancelotti para o Real Madrid há já dois meses, era o plano B dos «merengues» para o caso de se confirmar a saída de Coentrão, que estava decidido a sair do Bernabéu.

Em julho passado, a «Marca» já apontava Siqueira como uma hipótese para o Real, na sequência de três exceletentes temporadas do lateral no Granada.

O futebol de hoje é cada vez mais escrutinado e alvo de «scouting», mas é curioso que continuem a surgir casos assim.

Guilherme Siqueira já não é, propriamente, um jovem: tem 27 anos. E também já não é, sequer, uma novidade para o futebol europeu: passou sete anos em Itália, onde chegou muito jovem, com 19 anos, vindo do Ipatinga.

Esteve no Inter de Milão, passou pela Lazio, pela Udinese e pelo Ancona. Mas lá está: se há posto em que um jogador corre o risco de não ficar como dos mais visíveis e desejados é mesmo o de lateral-esquerdo.

O grande salto de Siqueira foi a passagem de Itália para Espanha. No modesto Granada, soma três temporadas em grande nível.

Além de lateral, pode também fazer o posto de médio-esquerdo.

A 29 de julho passado, perante o rumor de estar na lista do Real Madrid, assumiu ao «Globo Esporte»: «É sempre bom ter o seu nome lembrado nesse tipo de situação. É sinal que o trabalho vem sendo bem feito. Estou esperando uma definição sobre o meu futuro com tranquilidade e espero que tudo se resolva da melhor maneira possível».

Siqueira é o típico lateral brasileiro, com fortes tendências ofensivas, mas evoluído do ponto de vista defensivo. Além disto tudo, é bom nas bolas paradas (assumiu, no Granada, o estatuto de especialista a cobrar livres e penaltis).

Catarinense, Siqueira assumira, nessa entrevista ao «Globo Esporte», que um dos seus sonhos era «jogar no Real Madrid»: «Fiquei muito feliz quando soube desse interesse. O Real Madrid é o maior clube do mundo e qualquer jogador gostaria de fazer parte desse plantel».

Na época passada, o pretendente tinha sido o Valência: «No ano passado, tive uma proposta muito boa do Valência e o clube resolveu não me vender. Simplesmente falei ao meu presidente que se nesse ano aparecesse outra, que ele me deixasse realizar o meu sonho de jogar num clube grande da Europa. Ele falou que sim, e que ia me ajudar. E é o que está acontecendo. Se realmente as propostas que estão chegando forem boas para o clube e para mim, acho que é o momento certo para me vender», contava, no final de julho, Siqueira ao «Globo Esporte».

Mal saberia ele que iria ser um dos protagonistas do fecho do mercado de verão. Desejado por Benfica e Real, esteve em Lisboa durante o dia, depois só não assinou pelos «merengues» porque a transferência de Coentrão para o Manchester United falhou à última hora.

Não vai entrar já na casa merengue, mas é reforço inesperado para o Benfica. Depois de Itália e Espanha, entra pela porta grande na Liga portuguesa.

SIQUEIRA

Nome: Guilherme Madalena Siqueira

Data de nascimento: 28 de abril de 1986 (27 anos)

Naturalidade: Florianópolis (Brasil)

Posição: Lateral-esquerdo

Altura: 1,84 m

Peso: 76 quilos

Percurso: Avaí (2004), Ipatinga (2005), Inter de Milão (2005, 2006), Lazio (2006), Udinese (2006, 2008, 2010), Ancona (2008), Granada (2010-2013), Benfica (2013)



Siqueira, quer conhecer?