Pimenta Machado foi condenado a quatro anos e três meses de prisão com pena suspensa pelo Tribunal de Guimarães, no processo em que o ex-presidente do V. Guimarães era acusado de peculato e falsificação de documentos relativos a várias transferências de jogadores. João Vale e Azevedo, ex-presidente do Benfica que era igualmente arguido no processo, foi absolvido.
No final de um julgamento que durou oito meses, a sentença lida esta manhã no Tribunal das Varas Mistas de Guimarães condenou ainda Pimenta Machado a pagar 210 mil euros de indemnização ao V. Guimarães, o que terá de fazer no prazo de um ano. No final, o ex-dirigente anunciou a intenção de recorrer da sentença.
Pimenta Machado era acusado de quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documentos, e foi condenado por dois crimes de peculato pelos processos relativos às transferências de Fernando Meira para o Benfica e de Pedro Barbosa e Pedro Martins para o Sporting. Foi ainda condenado por falsificação, em processo relacionado com a empresa «off shore» que detinha. O tribunal considerou provado que Pimenta Machado se apropriou de verbas nessas transferências. O antigo dirigente defendeu sempre que o dinheiro com que ficou era por conta de verbas que tinha emprestado ao clube.
À saída do tribunal, Pimenta Machado anunciou a intenção de recorrer da sentença. «Quando cheguei aqui era acusado de 2,5 milhões de euros, neste momento estão 210 mil euros em causa e, desses, não foi feita prova em tribunal de 160 mil. Vamos recorrer e a justiça será feita», afirmou.
João Vale e Azevedo, por seu lado, disse que nem devia estar ali. «Estou tranquilo como sempre estive, sempre frisei que não percebia por que aqui estava», afirmou o antigo presidente do Benfica.