A FIGURA: Pizzi

Fez quase todo o jogo (começou-o no banco e entrou aos 20 minutos), mas esteve longe de exibir os níveis exibicionais do costume, sobretudo nas competições internas. Apareceu sobretudo na reta final do jogo. Aos 84 minutos atirou ao poste esquerdo num remate forte de meia distância e pouco depois assinou o golo que deu ao Benfica três pontos importantíssimos na luta por um lugar nos oitavos de final da Liga dos Campeões.

O MOMENTO: Anthony Lopes entrega o ouro a Pizzi. MINUTO 86

O resultado final mais provável seria o empate, mas, tirando o remate de Pizzi pouco antes ao poste, o Lyon até estava a ser a melhor equipa em campo. O erro de Anthony Lopes na jogada do 2-1 é incompreensível, mas a capacidade de reação do médio e o remate de primeira são dignos de registo.

OUTROS DESTAQUES

Rafa: regressou à equipa após algumas semanas e desempenhou o papel de segundo avançado. Inaugurou o marcador aos 4 minutos após receber de Cervi numa jogada na qual já tinha desequilibrado anteriormente. Saiu aos 20 minutos, aparentemente com queixas no adutor esquerdo, onde se lesionou recentemente. Até essa altura estava a ser o elemento mais endiabrado da equipa de Bruno Lage: o elo da discórdia do setor mais recuado dos franceses, que estabilizaram após a saída do internacional português, que retirou imprevisibilidade ao futebol das águias.

Ferro: inteligente do ponto de vista posicional e atento às movimentações dos atacantes do Lyon. Acumulou bons cortes e alguns deles decisivos. Pôs em jogo Memphis Depay no lance que deu origem ao empate, mas há outros réus.

Grimaldo: mais contido no plano ofensivo do que o habitual, mas ainda assim com um envolvimento importante, acumulando algumas boas combinações com os companheiros mais adiantados. Aos 38 minutos desequilibrou no ataque, descobrindo Tomás Tavares solto na direita numa jogada que culminou com um remate por cima de Seferovic de posição privilegiada. Antes disso segurou o empate, com um corte fantástico após remate de Cornet no coração da área.

Gabriel: ainda não é o jogador dos primeiros meses da era Bruno Lage – falta-lhe a elevada capacidade de pressão alta e mais precisão no passe – mas aos poucos vai mostrando por que razão foi merecedor de algumas referências saudosistas do técnico dos encarnados durante os períodos algo prolongados nos quais esteve ausente. Formou com Florentino uma dupla no meio-campo que revelou sobretudo inteligência posicional quando começou a faltar fôlego na etapa complementar.

Memphis Depay: subiu muito de rendimento na segunda parte e com ele cresceu também o Lyon. Solto a partir da esquerda após a saída de Terrier, transformou-se a partir daí num perigo maior para a defesa encarnada. Assinou o golo do empate e ficou perto da reviravolta, num remate colocado ao qual Vlachodimos se opôs com uma excelente defesa.

Dubois: bem articulado com Cornet no corredor direito, arrancou bons cruzamentos para a área encarnadas. Foi dando avisos até ter espaço e tempo para descobrir Memphis Depay na jogada do 1-1.