A Liga Portuguesa de Futebol Profissional quer a garantia de que todos os clubes façam os testes à covid-19 nos seus plantéis «entre as 48 horas e até às 24 horas anteriores ao jogo».

O documento que aponta ao regresso progressivo do futebol profissional para concluir a época desportiva 2019/2020 refere que os testes devem ser realizados a «todos os elementos da ficha de jogo e jogadores não convocados», bem como a outros elementos que as Sociedades Desportivas entendam necessários. Posteriormente, «autorização de todos os testados para envio do resultado da análise para a Liga, para efeitos de tratamento de dados».

Caso um jogador teste positivo, prevê-se que o regresso deva só acontecer «após obtenção de dois testes negativos num período superior a 24 horas». Para os casos negativos, está prevista a realização de testes de imunidade à covid-19, ficando estes jogadores «aptos para credenciação e jogo».

O organismo liderado por Pedro Proença espera que seja a Federação Portuguesa de Futebol a responsabilizar-se pelos testes aos elementos das equipas de arbitragem (incluindo observador), indicando «a entidade responsável por atestar que os mesmos estão com teste realizado e negativo».

Não estão indicadas «exceções às leis de jogo» e as equipas podem entrar em campo, desde que com um mínimo de sete jogadores, um deles guarda-redes. A covid-19 é «equiparada a outra tipologia de lesão». Deve, ainda, ser garantida «a higienização aos balneários no dia anterior ao jogo, deixando os balneários selados para serem abertos aquando da chegada das equipas».

No relvado: a verificação, delegados, apanha-bolas, segurança e fotojornalistas

Antes dos jogos, a verificação do relvado deve ser feita pelas equipas de arbitragem, em conjunto com o delegado da Liga, respeitando-se a distância social obrigatória. O alinhamento das equipas, antes do jogo, deve ser feito «sem o habitual cumprimento».

Prevê-se ainda abdicar da habitual reunião de organização de jogo, cabendo ao delegado da Liga, que deve chegar ao estádio três horas antes do jogo e garantir que «as bolas estão higienizadas», «falar individualmente com todos os participantes na habitual reunião». O observador ao árbitro deve reunir com a equipa de arbitragem, se necessário por videoconferência.

Os apanha-bolas, que devem estar munidos de máscara, devem manter uma distância mínima entre si e desinfetar as mãos antes, no intervalo e no fim do jogo. Outro aspeto está relacionado com as bolas que saem do estádio: nova utilização, só após serem desinfetadas.

O plano da Liga diz ainda, quanto à segurança pública e privada aos jogos, que a circulação deve ser «em número reduzido», com uso de máscara ou viseira e distância social.

Já para fotojornalistas, o esboço aponta a um máximo de 20 no relvado, cinco em cada canto do terreno de jogo.

Das tribunas à comunicação social

Durante os jogos, as tribunas presidenciais devem ter um número máximo de cinco elementos, «com distanciamento social e uso de equipamento de proteção, nomeadamente máscaras, luvas e desinfetantes».

A tribuna de imprensa vai ser reduzida para um terço da lotação atual. O trajeto dos elementos dos órgãos de comunicação social devem ser «independentes do percurso dos agentes desportivos e nunca passar pela zona técnica».

Prevista está a manutenção das entrevistas rápidas após os jogos, mas não as zonas mistas. As conferências de imprensa após o jogo podem realizar-se, se garantidas as condições de higienização e segurança para o agente desportivo. É permitida, em recurso, a realização destas por meios digitais.

Estas indicações, que foram chegando à comunicação social nas últimas semanas, complementam as já noticiadas há cerca de três semanas pelo Maisfutebol.