Não surpreendeu, mas também não quebrou. A Islândia teve de ser brava perante uma Croácia que dominou a maior parte desta primeira mão do play-off de acesso ao Mundial 2014. O jogo não foi bonito, num estádio que fervilhou como um vulcão e que uniu-se com os jogadores da casa em cada disputa de bola, sobretudo depois da expulsão de Olafur Skulason. Acabou tudo a zeros, segue a decisão para Zagreb.

FICHA DE JOGO

Pela primeira vez nestas andanças, a Islândia tentou surpreender uma seleção balcã que até trocou de treinador para estas eliminatórias. Lars Lagerback é mais experiente que Niko Kovan no banco de suplentes e, por isso, sabia que só uma Islândia de grande intensidade podia fazer frente a um futebol mais técnico dos croatas. Por isso, os islandeses correram a todas as disputas de bola e impunham físico ao adversário.

A Croácia tentava organizar-se pelos pés de Modric e Rakitic, dois médios com pretensões de servirem os avançados. Eduardo andou sempre distante da partida e Mandzukic nunca foi servido em situação de finalização.

Aliás, a primeira parte foi apenas isto mesmo. Nenhuma oportunidade de golo, com posse de bola croata e garra islandesa.

Ora, no segundo tempo, um momento acentuou ainda mais aquelas ideias. Rakitic lançou Perisic e este lutou com Olafur Skulason pela bola. O croata caiu e o árbitro assinalou falta. Expulsou o holandês, mesmo que a bola não fosse de Perisic. Um cartão vermelho exagerado de Undiano Mallenco. Era o segundo revés para Lagerback, que tinha perdido Sigthorsson por lesão, mesmo em cima do descanso.

Ao mesmo tempo que Gudjohnsen subsituiu o colega, Olic entrou em campo desde o início do segundo tempo e mexeu um pouco com a dinâmica Foi ele que teve a principal oportunidade do encontro. Após cruzamento da esquerda, rematou sozinho na área, mas aí apareceu o último dos islandeses: o guarda-redes Halldorsson, que evitou o golo com uma grande defesa.

Do outro lado, Pletikosa não tinha trabalho nenhum. A Croácia não tinha dificuldades em rodar a bola até ao meio-campo islandês, tentou abrir jogo pelas alas, mas raramente conseguiu desequilibrar. Para se ter noção, o lance de Olic foi aos 53 e nova grande ocasião de golo houve apenas aos 84. Mandzukic baixou a bola de cabeça para Perisic e este rematou forte, da entrada da área, com a bola a sair ao lado.

Assim, a Islândia aguentou-se mesmo com menos uma unidade, num jogo pobre para aquilo que estava em discussão.