Depois de uma semana marcada pelo golo fantasma do Bayer Leverkusen, mais um caso de difícil apreciação, mas ao contrário, uma vez que este acabou em golo e não valeu. Aconteceu na Escócia, no decorrer da derrota caseira do Inverness diante Patrick Thistle (1-2), na sequência de um pontapé de canto, no mínimo, original, mas que não foi compreendido ou aceite pela equipa de arbitragem.

Ross Draper está junto à bandeirola e, simulando que está a ajeitar a bola, informa o auxiliar que já marcou o pontapé de canto, discretamente, com um pequeno toque, mas depois afasta-se e deixa a bola para Aaron Doran com quem troca algumas palavras. Longe, na área, toda a gente espera pelo habitual cruzamento, mas Doran sai a jogar com a bola e, perante a estupefação de toda a gente, ganha uns metros e cruza para o segundo poste. O lance prossegue e o próprio Doran acaba por marcar.

Depois foi a confusão com toda a gente a correr para o auxiliar. «Como é que ele pode ter saído a jogar?» Era a pergunta que estava na cabeça da maioria. É que o toque de Draper nem saiu do quarto de círculo, mas também é verdade que o auxiliar não levantou a bandeirola a denunciar a alegada infração.

O Maisfutebol, aproveitando a presença de Pedro Henriques na redação, procurou mais esclarecimentos. Para o antigo árbitro não há dúvidas, o golo é legal. «As leis mudaram, antigamente, num pontapé de canto, a bola precisava de percorrer a distância do seu perímetro, mas agora precisa apenas de movimentar-se. Além disso, o árbitro auxiliar está em cima do lance e nada assinala. Se houvesse alguma infração teria de levantar de imediato a bandeirola e não o fez», explicou.

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